De repente você se toca de que é a única pessoa capaz de se magoar,
porque ninguém mais tem esse poder, você na verdade cede o espaço ao baixar a
guarda. “Tu és responsável por aquilo que cativas” - Antoine De Saint Exupéry.
És quem se obriga a viver situações desconfortáveis, que o submetem a
sensações constrangedoras, porque quer. E, não tão de repente assim percebe que todo o
poder de mudar está em suas mãos.
Nota que não existe motivos no mundo que o obriguem a levantar todas as
manhãs e, em vez de agradecer pela família, saúde, trabalho, amizade e todas as coisas
boas que a vida oferece, você se preocupa com que roupa deve vestir para ir àquele
inferno que chama de “emprego”. Isso é mais do que prova de que precisa mudar.
Fazer o que gosta, o que sente prazer.
Não são as pessoas, ou os lugares, é a rotina que te destrói, é fazer todos os dias as mesmas coisas, percorrer os mesmos caminhos, ver a vista da janela como um flashback.
Não são as pessoas, ou os lugares, é a rotina que te destrói, é fazer todos os dias as mesmas coisas, percorrer os mesmos caminhos, ver a vista da janela como um flashback.
Eu me vi assim, presa em minhas crises por muito tempo. E resolvi parar de me machucar tanto. Logicamente que
me submeti por um longo período para conhecer minha própria capacidade. Já que por mais que eu conviva comigo, nunca saberei ao certo como serão minhas reações frente
aos inúmeros percalços que a vida me impuser. Discordo quando alguém sustenta, mesmo que por hipótese que conhece alguém, mal nos conhecemos a nós mesmos.
Essa afirmação de conhecer a si mesmo seria se sentenciar a jamais evoluir, renegar as possíveis transformações.
Essa afirmação de conhecer a si mesmo seria se sentenciar a jamais evoluir, renegar as possíveis transformações.
Macapá tem um peso sem dúvida na minha vida profissional. Aqui escolhi
outra profissão, parei de trabalhar com banco (porque dinheiro dos outros dá muita dor de
cabeça). Optei pela comunicação, por acidente. Não havia curso de psicologia à
noite (justificaria as minhas constantes autoanálises, né? rsrs)
Costumo dizer que caí de paraquedas no jornalismo e me apaixonei. Como
em toda a relação movida pela paixão, tive crises de fé constantes. Duvidei da
minha capacidade por mais de mil vezes e questionei meu potencial por três
milhões de vezes mais.
Ao longo desse tempo entre academia e profissão - já que atuo na área
tempos antes de me formar - Conheci muita gente que fez jus a expressão “burra”. E também gente muito inteligente, gente evoluída que mais tarde, involuiu. Gente que não
sabia o rumo que queria dar à vida, mas se deixou levar até que finalmente se
encontrou, e está feliz. Gente que só me deu orgulho de chamar "colega jornalista". Gente ética, profissional, dedicada, íntegra...
Gente merecedora da minha atenção, admiração e apreço. E, também gente que
se mostrou ser indigna do meu respeito como gente mesmo.
Gente que se esforçou e hoje é mais do que era antes.
Gente que mudou ideias sem se perverter, e outras que se corromperam por bem pouco. Gente que chutou o balde e deu
exemplo do que é ser líder e, gente que não importa o que faça nunca o será.
Conheci gente que se prostituiu por publicidade gratuita, não só seus valores, porque quem faz isso, não tem nenhum. Gente que usou a academia para autopromoção, bem como outras instituições e fará isso até que consiga o que quer, que se diz
jornalista competente e atuante em outras áreas. Tipo capa para qualquer coisa, mas no fundo, não respeita ninguém, nem a si mesmo.
Gente que também trabalhou vestindo a própria camisa, porque ninguém
pode nos roubar a alma. Conheci gente que deixou de inteligente. Que se deixou fazer lavagem cerebral e que ainda não sabe disso.
Em contrapartida, conheci gente que pensa e não pensa que pensa. Gente que trabalha para esse ou aquele nicho, mas não vende a mãe por um
lugar ao sol.
Todos os modelos e antimodelos foram muito importantes nesse início de
caminhada e tenho um longo caminho a percorrer. Nossa! Como conheci gente, não sei quanto dessa gente toda me conheceu, ou reconheceu, mas não importa...
Faço exercícios constantes para não me perder por aí, mas se não for possível evitar que eu me procure ou não, (rsrs).
Vou estampar no peito que ninguém me censura ou pode achar que têm esse direito.
Ninguém é dono de mim ou me comprou, porque não estou à venda. Porque não vendo noites de sono e,
não assino embaixo de mentira, a menos que acredite nelas com todas as minhas forças, até que um dia seja capaz de me decepcionar (como sempre acontece).
Vou lembrar sempre de quem trabalhou duro para galgar uma carreira com
integridade moral. Com esforço e valores éticos, itens estes que não foram
apenas disciplina da faculdade. Gente que soube usar isso na prática todos os
dias e tive a honra de conviver.
Levo comigo a lembranças dos amigos que fiz, da lealdade com a qual se
entregam de cabeça ao jornalismo.
Levo ainda as amizades verdadeiras que fiz dentro e fora do jornalismo.De quem vou sentir saudades e espero não perder contato.
Quanto às pseudo-amizades? Não lembro!
Não tenho inimigos, porque não desperdiço energia com coisas ínfimas. O que não me serve mais, apenas descarto e ponto.
Não tenho inimigos, porque não desperdiço energia com coisas ínfimas. O que não me serve mais, apenas descarto e ponto.
As verdades que disse não as retiro, nem volto atrás.
Por falar em descarte...
Tive que dar fim, até por causa da falta de espaço, nos arquivos de
faculdade. Percebi que reuni tanta porcaria, tanta coisa que não me servia
mais. E, de certo modo me causou tanta tristeza em reencontrar, reler.
Assim como as fotografias, os arquivos, vídeos, textos, objetos, tudo
nos faz lembrar os momentos...
Engraçado, como sempre mencionamos de uma forma hipotética como seria voltar no tempo, só que isso é possível, apenas não é como imaginamos ou concordamos que seja, como o cinema nos apresenta. Porém, todas as vezes que mexemos no passado, revivemos nossos passos, apenas não podemos muda-lo, contudo, a partir das experiências adquiridas, podemos mudar nosso futuro. Então, existe máquina do tempo, porque o tempo nos modifica. Ele me deu as costas por um longo período e corri tanto para alcança-lo. Por vezes me senti tão velha e quanto mais velha mais eu corria para tentar ganhar de volta o tempo que perdi.
Engraçado, como sempre mencionamos de uma forma hipotética como seria voltar no tempo, só que isso é possível, apenas não é como imaginamos ou concordamos que seja, como o cinema nos apresenta. Porém, todas as vezes que mexemos no passado, revivemos nossos passos, apenas não podemos muda-lo, contudo, a partir das experiências adquiridas, podemos mudar nosso futuro. Então, existe máquina do tempo, porque o tempo nos modifica. Ele me deu as costas por um longo período e corri tanto para alcança-lo. Por vezes me senti tão velha e quanto mais velha mais eu corria para tentar ganhar de volta o tempo que perdi.
E não seria absurdamente injusta, se afirmasse que não mudaria nada.
Pelo contrário, mudei tudo. As alterações foram tão grandes que restaram espaços
vagos, porque apaguei recordações que não me eram úteis. Acredito que seja por
isso que me desapego tão facilmente.
Espero que com todas estas ações e reflexões eu esteja pronta para o
novo, e por mais que ele assuste o desejo tanto, como quem espera um novo amor.