"O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém".- Hellen Cortezolli

sábado, outubro 16

Monólogo de sábado

Me mantive afastada por motivos óbvios… falta de criatividade mesmo, desordem dos pensamentos e total ausência de conteúdo para falar sobre qualquer coisa.
Resolvi quebrar meu silêncio por dois outros motivos, necessidade de me expressar livremente e principalmente escrever aqui, (porque no meu tcc, estou a ponto de enlouquecer, um momento… acho que já sou louca, enfim…).
Refleti muito nesse período, e me dei conta que “psicologizar” a forma com que interpreto o mundo faz parte da minha personalidade, desconstruir essa maneira de ver e compreender as coisas me coloca num lugar muito desconfortável. Por mencionar desconforto, percebi que uma das minhas paixões foi posta de lado, e isso ocorreu por um motivo… Deixei de fotografar. Minha retina continua vendo e assimilado talvez maior quantidade de informação do que alguns meses antes, então porque deixei de fazer uma coisa na qual sinto tanto prazer? Talvez porque não quero ser vista.

Explico melhor:
Mesmo quando faço meus registros, seja de pessoas, lugares ou objetos, me disponho também a ver a mim mesma. Meus autoretratos eram constantes e, o que provocou meu “autorepúdio” foram alguns kilos a mais. Estes também surgiram por algum motivo, e podem ser interpretados como ansiedade em excesso, a apreensão que venho sentindo em função do término de curso (nada me fará mais feliz nesse momento, do que me formar e sair de vez da faculdade), e a insegurança total no trabalho, são os culpados pelo acúmulo de ansiedade, somados a noites mal dormidas, que resultam em falta de concentração, etc, etc. Está instalado o caos (no meu subconsciente e no corpo também, rsrsrs). Sem caos não há mudança, não é mesmo? Qual será a minha?
Bem, partindo do pressuposto de que sei exatamente o que aconteceu até aqui, preciso destacar que os kilos motivaram meu isolamento, o que é comum acontecer em fases de transição como esta que vivo recentemente, porém, é a primeira vez que isso ocorre comigo. Devo lembrar que não foi algo brusco, pelo contrário, gradativamente me vi não querendo fazer o que gostava, nem desfrutando da companhia de amigos, não que não goste de falar com eles, mas estar em suas presenças é diferente. Divaguemos um pouco… Às vezes algumas pessoas extrapolam de liberdades das quais não foram conquistadas verdadeiramente, processo ilusório acreditar que por ser amigos podem falar sobre qualquer coisa, há amigos e amigos. Amigos com os quais contamos e podem contar conosco e “amigos” aqueles que não sou inimigos, entendeu? E tolerar piadinhas de todos os tipos já estava desagradável, sobre meu peso talvez fosse pior, não iria ficar chateada ou discutir, mas evitaria permanecer com quem supostamente as fizesse.
Voltando ao raciocínio do peso, discordo totalmente de pessoas que defendem a teoria de que mulheres se vestem para outras mulheres, salvo o casos das lésbicas ou bisexuais, não vejo nenhum fundamento em tal afirmação. Aliás, devo destacar que alguém que tenha chegado a essa conclusão é de uma ignorância descomunal quando o assunto é mulheres. Falando egocentricamente, preciso me sentir segura, e os kilos a mais não me deixam assim, as opções se tornam mais escassas e visto o que não for me deixar tão ridícula, ok?
Não é a opinião dos outros que importa, porque independente do que fizer, vestir, pensar ou ser, haverá alguém que irá ser do contra (graças à Deus, já pensou se todo mundo estivesse sempre de acordo?), então isso é irrelevante. Vale considerar que pessoas inseguras são engolidas pela sociedade (hipócrita, consumista e capitalista) em que vivemos e esse conjunto de manipulações para obter resultados, pode desencadear na síndrome de Estocolmo, ora se você se tornar refém da sociedade, poderá começar a imaginar que a culpa é sua, e que ela não é tão ruim assim, nhac - pudim de você... Novamente a necessidade de se isolar fará com que todas as outras atividades que têm sua atenção passe a ser menos importante do que ficar sozinha. Deste modo, podemos entender o processo de ICI:
Insegurança + Caos  = Isolamento
Como resolver o problema? Sei lá. Não tenho as respostas, afinal me encontro nessa situação, mas o que posso revelar sobre minhas atitudes, é que admiti que não estava bem, o que por conseguinte me levou a levantar os fatores que provocaram minhas reações, após os ter identificado, me movimento em direção às soluções. Sobre o peso, o fato é que estou muito sedentária, desde que cheguei à Macapá com 43kg, me preocupei somente em estudar e trabalhar, sou uma ex-atleta, sabia que se não conservasse meu corpo sem dúvida eu viraria um caco de mulher, rsrsrs e cá estou com meus 55kg. O jeito é terminar logo esse TCC que está me dando nos nervos e partir para uma academia, porque adoro saladas e sucos, então alimentação não é prejuízo para mim, não nesse aspecto, mas gosto de comer tudo que tenho vontade e só o fato de dizer que não pode, já dá vontade, agora por exemplo, gostaria de comer algo…só não sei bem o que é.
Lueeu  *Espero que você que costuma vir aqui dar uma espiadinha não tenha perdido seu tempo e ao menos se divertido… e da minha parte, espero ter justificado minha ausência, Bjs rsrsrs.
PS – Essa é uma das poucas fotos novas, foi nosso amigo Sal que fez, ao meu lado está a Lu (Louise) minha amiga e colega de trabalho, a Lu tá sempre assim, com um sorrisão no rosto (pelo menos comigo, hahaha). Agora preciso voltar a escrever meu tcc, antes que meu “desorientador” brigue comigo novamente.

Um comentário:

  1. Ah nerdzinha, eu já te disse: “não sofra por antecedência”. Também sou inseguro, apesar da maioria das pessoas que me conhecem acharem o contrário. Sobre peso, se eu me isolasse por isso, estaria numa solirária escura (risos). Te acalma e vá viver a vida, ela passa rápido demais para desperdiçarmos muito tempo ficando tristes. Bjo do gordo!

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