"O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém".- Hellen Cortezolli

quinta-feira, dezembro 30

O blog como revelação

Engraçado essa coisa de escrever num blog, tudo começa com um imperativo de simplesmente escrever. De repente, se torna uma maneira de melhorar a forma de suas ideias serem melhor concatenadas. Depois toma um direcionamento capaz de identificar um pouco mais de quem escreve.

  Quem lê os escritos passa a perceber quem é aquela pessoa por trás das letras de mãos dadas, as frases formadas, o sentimento motivador, tudo ganha proporções maiores, logo em seguida ambos são tomados por necessidades, a de escrever e a de ler…

  Junto com esses significados todos estão as experiências, existem as pessoas que aprendem com os próprios erros, há os que aprendem com os erros das outras pessoas. Talvez aí reine aquela precisão anteriormente citada.

Logo em seguida a essa transformação reconhecida, vem as cobranças, mais escritos, mais qualidade. Por parte de quem escreve também tem a “auto-cobrança” o que é escrito deve conter mais sentimentos, mais conteúdo. Ser mais interessante. Isso nem sempre é possível.

  E no fim de períodos em que seja possível compreender as coisas na velocidade em que acontecem, a reflexão faz companhia… O peso da responsabilidade de ser lido a distância, por pessoas de todos os lugares, personalidades e com quaisquer propósitos assusta muito.

Causa pânico, principalmente no meu caso, me vi assim muitas vezes. Dividi com você que lê o que escrevo todos os dias, de maneira esporádica, ou para quem me visitou uma única vez, sou refém do ato de escrever, dos sentimentos que provocam ações pelas pontas dos dedos… Provocações até.

Preciso disso, já perdi muito do que percebi, porque não tinha uma forma de me expressar, guardei tudo em algum lugar, escondido até de mim, me defendo como posso.

  Hoje li no blog do meu colega de aula Emanuel Costa, que o cortezolli.blogspot.com foi escolhido como blog revelação de 2010, lisonjeiro e assustador. Quando escrevo aqui, além de me expor faço isso para você, mesmo sem saber quem você é, ou o que vai pensar disso…

  Já me disseram: “Ei, eu leio o seu blog”, juro que junto com o rubor nas minhas bochechas, o frio no estômago veio outro sentimento que não sei ao certo explicar, não sei se foi medo, timidez ou um sei lá… um “que legal, alguém lê”. Também leio vários blogs, e se pudesse comentaria em todos, mas fico sem graça, com vergonha mesmo, porque nem sempre tenho algo mais a dizer, além de “gostei disso aqui”.

  Enfim, sou grata ao Emanuel pela iniciativa, por seus leitores, pelas pessoas que votaram nesse espaço, sou grata à você por ler.

Obrigado, tá?

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