Ele ligou o rádio do carro e olhou para mulher ao seu lado. Perguntou-lhe o por quê daquele silêncio todo.
Ela respondeu com um sorriso. Porque para ela havia muito barulho, de seus próprios pensamentos, da arritmia cardíaca provocada pelo álcool em sua corrente sanguínea e outras ondas que não cabem nessa frase.
Havia ainda o som dos pneus do carro tocando a estrada, para que não perdessem a impressão de que estavam em movimento.
O vento assobiando na janela e ainda o timbre da voz dele.
Havia muito naquele nada.
Tudo, menos silêncio.
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