"O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém".- Hellen Cortezolli

quinta-feira, março 31

O amor …

O twitter além de uma ferramenta muito eficiente para a comunicação, também gera estímulos além de muitas bobagens divididas online, o foco desse início de postagem são justamente os estímulos.

Cheguei a mencionar bem no canto desse espaço onde fica um chat especial e rápido para quem não curte esperar pela caixa de comentários, que Thiago Soeiro, lançou um desafio. Não costumo correr de obstáculos, mas confesso que havia desistido de dividir minhas percepções sobre o assunto considerando minha falta de ou excesso de… bom, cada um interprete como melhor lhe convir.

Por outro lado, achei coerente postar aqui também, já falei de sexo… É uma questão de justiça me posicionar quanto ao amor também.

Na segunda-feira à noite o encontrei pessoalmente e ele me lembrou dessa “dívida”, morri de vergonha e me enchi de coragem para discorrer “meia dúzia” de asserções de um mundo só meu. Este texto foi escrito especialmente para o blog Amor Cafona, mas fique à vontade para critica-lo… Acho que minha permissão é desnecessária, né?

O amor por Hellen Cortezolli

Há tempos penso em como vejo o amor e seus significados

Imaginei que amor verdadeiro fosse somente aquele de pais para filhos, mas minha interpretação a respeito é ainda menos fantasiosa que o próprio amor lírico com o qual somos iludidos ainda crianças.

Se pensarmos nos motivos que levam alguém ficar com outro alguém, e dessa união resultar em fragmentos das duas personalidades consolidadas em outra, que supostamente levará consigo para o resto de sua vida genes, capazes de provocar lembranças de quem os gerou inicialmente, é um agente totalmente egoísta.

Surge dessa perspectiva mais uma teoria do caos ou pior ainda, essa maneira distorcida de ver o mundo. Cujas informações são transportadas por minha retina descrente estimulada pelo hábito de duvidar de tudo, até meu cérebro cético, e logo em seguida se encarregar de distribuir pela corrente sanguínea e poros, expondo a contragosto minha fórmula exata do abstrato e remete novamente a nada mais que o “eu”.

Partindo desse pressuposto, o amor pode vir a ser os próprios valores multiplicados por algumas vezes mais e refletidos no suposto ser amado. Contudo, onde ficariam as justificativas palpáveis da atração entre os opostos? Talvez pudessem ser encaixados no que falta para o “eu” inicial, assim agiria como compensação na ausência de valores, que o hipotético ser amado teria em excesso. Deste modo, os tímidos amariam os extrovertidos, os bonitos amariam os feios e nessa ordem para pior (ou melhor, dependendo do contexto inversamente proporcional).

Ainda assim, o que seria amor numa concepção particular? A realização dos pais nos filhos, o orgulho dos filhos pelos pais e vice versa, a dedicação total ao trabalho, ou a satisfação pessoal? O homem mais bonito, inteligente, atraente e charmoso? A mulher mais feminina, educada, elegante e sensual?

Que se dane, poderei eu uma simples mortal do auge da minha ignorância simplesmente e “egoisticamente” assumir que o amor romântico não existe, salvo o amor próprio, este sim talvez seja capaz de relevar nossos passos em direção a autosabotagem, quando acreditamos amar alguém e que não somos merecedores desse alguém.

Quando o homem perfeito tem todas as imperfeições possíveis e imagináveis, sendo dessa forma imperdoável qualquer falha que nos faça sentir menos que lixo. Quando qualquer outra mulher, feia, gorda, magra, linda, alta, baixa ou sei lá o que for, seja capaz de leva-lo embora num estalar de dedos ou com a frase mais estúpida já formulada, então não nos amamos verdadeiramente, se tememos a concorrência.

Amor quem sabe seja morrer de tanto chorar porque algo saiu errado, porque a frase tão esperada não foi dita, porque o olhar mais desejado não foi para você, quando os pensamentos mais incríveis não tiveram na lembrança traços do seu rosto. Pode ser que esse seja o amor romântico que muitas esperam encontrar, às avessas obviamente.

Então, amor verdadeiro é aquele que me impulsiona a admitir que não sou capaz de amar mais ninguém além de mim. Porque me amo demais para esperar de alguém que não me prometeu nada, corresponda as minhas expectativas, que jamais irão nivelar por baixo, ser razoáveis ou beirar a normalidade, pois deste modo, esta não seria eu.

Pondero sobre o amor, ele hipoteticamente te faz acordar pensando no ser amado, dormir desejando que algo partisse dele naturalmente e fosse direcionado apenas a você. Que os planos de futuro tivessem você, mesmo que na lembrança como a maior frustração da vida dele... Seja ele acometido de dores intoleráveis de saudades e que estas por sua vez, o matem pouco a pouco.

Amor é algo impossível, que faz o tempo parar ou acelerar, e quando você acordar não haverá ninguém lá. Porque na verdade o suposto ser amado só deu formas para um desejo unilateral, de ter suas ilusões materializadas em alguém que nunca te prometeu nada. Isso é o amor romântico, desromantizado em poucos atos.

Amor verdadeiro é aquele que você se permite sentir, sofrer, se doar, sorrir, sonhar, mas não diga que não quer nada em troca, de fato quer ver tudo se multiplicar.

Não se permita mentir a si mesmo, amor... porque no final tudo é sobre você.

quarta-feira, março 30

Ironia de moda feminina!


A cada nova temporada um modismo é lançado. Pessoas coloridas, gestos patéticos feitos com as mãos, imitando algum tipo de símbolo romântico bem babaca, roupas justíssimas vestidas a vácuo. 

Tudo bem, usar as últimas tendências, desde que os corpos não “tendam” para o ridículo. O que obviamente, não é o que se vê saindo à rua. Sobram de tudo, dos excessos de todos os tipos, principalmente do mau gosto, péssimo diga-se de passagem.

Sobras estas, por exemplo, de mulheres. Como descritas na década de noventa pelo “Os Irracionais”, eternizados na hap de Gabriel, O Pensador... “Mulheres vulgares, uma noite, nada mais”. 

A vulgaridade não só ganhou status de fama, hoje ganha mais espaço nas porcarias promovidas pela programação da TV aberta. Volúvel hoje, amanhã nas principais revistas e sites de fofocas sobre celebridades instantâneas. Que bom que serão esquecidas em breve pela massa, salvo retrospectiva das mesmas emissoras que promovem as já malfadadas porcarias.

Não demorou para que todo o tipo de baranga também fosse considerado símbolo de alta estima, lembra das roupas a vácuos e sobras?

O frisson do momento são os modelos de “burras”. Não têm problemas, ficam melhores ainda quando “interpretam” qualquer tipo de sinal masculino como uma deixa perfeita para se jogar, arrastar ou permanecer em posições humilhantes ou vexatórias na tentativa de chamar atenção. Nisso não poupam esforços e chamam de iniciativa.

Principalmente se o alvo for o tipo boa pinta, galã galinha, que lamenta que a vagina seja acompanhada de uma mulher. Mesmo porque o perfil acima descrito encara qualquer bucho, o que vale é quantidade e números na agenda do celular, outrossim de que maneira poderiam contar piadas aos amigos? Faltariam argumentos.

Para quem não gosta do pacote completo, há modelos genéricos, basta ter paciência e pesquisar no mercado mais próximo de você.

Claro que o modelo “burra” tem variações, afinal tem gosto para tudo... tem a burra intelectualoide, a burra ingênua... Nesses dois casos, consomem a mesma bebida entorpecente, “papofuradusparatecomeris” é sem dúvida, a preferida.

Não obstante em crer com veemência nas ilusões criadas pelo efeito da droga, elas contam vantagens para as amigas, e a duração disso pode ser dias, meses ou sabe-se lá quanto tempo for possível...

O lado “dark” dos modismos são os números de adeptos. Estima-se que até 2012, mulheres vulgares, horrorosas com alto estima acima da média, burras ingênuas ou intelectualoides, se tornem prostitutas caras, tendo o mundo acabado ou não. Afinal, quem ganha R$ 1,5 milhão?

Sobre a hipótese do mundo acabar realmente no ano que vem, estudiosos e otimistas entram num consenso  ao afirmar que a extinção da espécie responsável pela superpopulação das “horrorosasfaceisdecomeriscompapusfuradis” é o verdadeiro beneficio a todo o globo terrestre, claro que diante da divulgação desta estatística, houve rumores da insatisfação masculina. Desconsideradas diante do perfil pesquisado (homens que não ligarão antes, nem depois de uma transa qualquer), pois os consumidores desta demanda também não apresentaram números de boa procedência...

Talvez com a próxima explosão de um planeta próximo a Terra, se houver sobreviventes e um segundo sol permanecer no céu por mais de um mês, algumas pessoas possam ser felizes plenamente. Os ratos de laboratório que o digam.

domingo, março 27

Os quatro pontos definidos como os limites da capacidade escassa

Nesses dias tão estranhos... Procuro sempre por respostas para as perguntas que não tenho formulado muito bem. Outros acontecimentos me remetem a reflexões inevitáveis e deste modo a abdicação. Desistir de tudo que faz mal, ou pior ainda não acrescenta em nada a não ser desconforto, seja na alma ou no corpo. Mesmo que por alguns instantes ele tente me convencer de que minha alma velha não precisa dizer nada...

Recebi este presente, como outros que trouxeram o que escondo de mim mesma à tona. Sim, de fato chorei, mas não foi só pela emoção, também não foi somente pela sensibilidade muito a flor da pele que fez com que Márcio e eu nos aproximássemos, foi por ter de abrir mão dessa camuflagem que acreditei ingenuamente que poderia funcionar, quando na verdade obrigava mesmo que superficialmente que “alguéns” me vissem... como sou, sem ter isso muito consciente.

O Márcio além de meu amigo é alguém com quem deixei de ter contato próximo depois de um tempo, as nossas rotinas nos separaram, mas continuamos próximos. Estranha relação, já que chamo outras pessoas e as considero assim, que não contribuem em nada para o meu espírito, pelo contrário... E ele fala do que vê em mim dessa forma:

Márcio Jucksch  “Um círculo, quatro lápides. Representando os limites de uma capacidade escassa, frente a tudo que se tenta. Incluindo a parcimônia – eu tento. Fogo, chamas, o que seja. Os quatro pontos, fincados no chão, mortos; morte branca, negra, borrada. Isso, em todo caso, só significa uma coisa: o começo de uma constante trivial, a relação Cortezolli.

  Não. Calma! Nada de subversivo, nada de histerismo, nada de sombrio nem de pensamentos negativos ou compulsivos. A relação há de se fazer duradoura, ela é duradoura. Ainda que você pense o contrário. Acontece que aqui os laços não são o ponto principal e sim a personagem que agiu de maneira indireta e inconveniente. É sobre ela. É o egoísmo e o egocentrismo puro; tudo é somente dela e ela pode ser somente o tudo. Você, como o repúdio a verdade que exalta, tem a atitude já esperada. Ela não te culpa. Você diz gostar e entender, é o natural. Mas a consequência é essa, uma interpretação covarde que teve inicio no seu ponto mais doente e seco até a hora de expeli-lo como desespero por ser apenas o rascunho do que ela consegue ser, assim, com essa facilidade traiçoeira.

  Os quatro pontos definidos como os limites da capacidade escassa, na verdade, são as fases do bruto ao ser lapidado. O primeiro momento é o antes, o segundo momento é o de ter conhecimento de sua existência, o terceiro momento é o contato direto seguinte a empatia, o quarto momento é o de nos deixar para trás e dizer adeus a essas fases. Por isso morte. Morte dos momentos outrora cruciais para se fazer brotar, entender e evoluir. Assim, morre e dá espaço ao que já ofega com dificuldade para se fazer presente; os “corpos” de antes morreram e os espíritos permaneceram como o cartão de embarque para a próxima viagem.

  Ela tem plena consciência dessas lápides, do que elas significam, de espiritualização, da empatia. Talvez o que ela mais desconheça é sobre a constante ela mesma. Desconheça a razão das lágrimas enfatizarem cada decorrer, tropeço ou sofrimento em demasia na sua vida; tanto quanto embargar a voz ao lembrar-se dos perdularices altivos - hora amigos, hora inconsequentes - que permeavam suas indecisões a muito deixadas para trás, mas que em um tempo próximo estamparão sorrisos cordiais na chegada do novo confronto social. Os mesmos amigos que foram e são de suma importância e que hoje adquirem o papel secundário e não menos trabalhoso de singelos espíritos – natalinos, talvez, como só o clima dessa época nos conforta e entristece.

  Mais do que miligrama de imprudência aliada à objetividade e competência, procura do saber à dias específicos reservados ao descanso do corpo (só do corpo), ela leva consigo a vontade de sempre querer mais ainda que a canse, ainda que seja como levar um livro interessante e pesado para viagem. Ainda que a vontade de ler sucumba a de apenas olhar para o distante e apoiar as mãos no livro. A vontade pueril de deixar uma marca indelével em algum lugar, de que o vento toque seu rosto e suas ambições com mãos de mãe e de atravessar de olhos fechados uma insólita barreira do tempo. É você a personagem de sua própria autoria, sua própria tinta riscada no papel.”

P.s: acho que fui meio lúdico, insensato, debochado e sórdido. Ao menos minutos antes da meia noite, ao menos nesses primeiros minutos desse dia. Ou nos minutos que eu literalmente estava ao seu lado, Hellen. Mas eu sei que você vai entender. Espero que goste.

IMG0027A*Sou eu quem cala, quando ele fala.

Obrigado por ser meu amigo…

E pelo presente!

quinta-feira, março 24

Atrasos e outras versões

33
Não sabia o que escrever... Tenho sido engolida pelos dias corridos e atarefados. Pelo menos durante o dia, a noite é tudo tão chato.
As mudanças não param de acontecer. Que bom que acontecem. Os cenários se modificam, os personagens também.
A vida toma novos rumos. Contudo, alguns filmes se repetem. Assim como as histórias com finais piegas e plagiadas de outros lugares.
Falta criatividade até para as alucinações, as seduções são sempre as mesmas, todavia funcionam para os mais desavisados e a chatice permanece.
Raiva, felicidade, frustração, amor, tristeza... Tudo passa por cérebros limitados, miseráveis e todos começam a acreditar que pode haver mais “entre” as entrelinhas, como num universo paralelo. Talvez não... Porque as figuras dramáticas são rasas demais, seguem devagar demais e o tempo não cessa para quem imagina o ter de sobra.
Amanhã quando de fato acordarem, será tarde, saberão que estão todos mortos. Restará apenas o lamento por não ter feito diferente.
E eu de mim, não sei… se quero saber.

domingo, março 20

Um peso que escolhi carregar

Foi preciso um tempo... para que as coisas se ajeitassem, para que o peso que carrego comigo agora, fosse assimilado e em seguida aceito. Não que não tivesse ocorrido antes, contudo agora soa diferente, pesa diferente...

Chico Terra - Formandos 2011 01-01-2005 01-51-25  Levei alguns dias para organizar meus pensamentos e recordar as sensações que tomaram conta dos meus momentos mais importantes até aqui. Me refiro a colação de grau, cujo texto de autoria do meu amigo Elton Tavares reproduzido nesse espaço me emocionou e fez com que meus passos fossem refeitos...

  Enfim, havia chegado o dia da colação de outorga de grau da turma de jornalismo Alexandre Brito. Tive de lembrar que no dia anterior não pude sentir o cheiro de nada e muito menos consumir qualquer tipo de alimento, meu estômago nervoso rejeitava tudo, fazia com que ficasse ainda mais nervosa, com medo de desmaiar, passar mal na cerimônia, de pôr tudo a perder diante da minha fraqueza mental. Quem manda nesse corpo afinal, minha mente ou meu estômago?

  Naquela manhã, do décimo sexto dia do mês de março do ano de dois mil e onze, acordei melhor, não fui trabalhar e deixei a chefia avisada dos motivos. Não perdi o tempo de costume sentada em frente ao guarda roupas de portas abertas sem saber o que vestir (é faço isso todas as manhãs, durante pelo menos cinco minutos), calça jeans, camisa, sapato, muito rímel e lá estava eu, pronta para o ensaio. Choveu a manhã toda, mas no horário até que a chuva fez um charme... Permaneceu fina e constante, e de certa forma agradável porque não uso guarda chuvas, rsrs.

  Depois do ensaio, fomos buscar a beca, meu namorado, papai e eu, um almoço rápido e salão. Deus sabe o quanto frequentar salão de beleza me estressa, mas desde que conheci o trabalho da Cristiane, é suportável. (Depois divulgo o banner do salão aqui). É só ir à hora marcada e lá está ela, com um sorriso de orelha a orelha pronta para te atender...

Tudo cronometrado, meu cabelo ficou pronto rápido até, tinha duas horas de espaço para um banho (não tem como não tomar banho de novo com o calor que faz em Macapá), vestir a beca e fazer a maquiagem. Contudo, minha mãe precisava sair perfeita de lá também, essas duas horas foram reduzidas para meia hora. Já na escadaria do Teatro os amigos me esperavam e o Chico Terra, estava a postos com seus flashes quase ininterruptos, fiquei muito feliz por isso. Maksuel Martins também se fez presente, até o cabelão de benguear ele cortou, fiquei preocupada como fará para os próximos shows, mas me tranquilizou dizendo que providenciaria uma peruca, rsrs.

Chico Terra - Formandos 2011 01-01-2005 02-29-01

  Fotos e mais fotos e sorrisos, éramos todos sorrisos, o frio na barriga sumiu. Apesar de uma hora antes da cerimônia como manda o protocolo para que as fotos pudessem ser registradas sem pressa e com todos que desejássemos posar... A espera foi ficando tensa, faltava só a Stefanny Marques para completar o quadro de formandos de jornalismo, quando me avisaram que ela tinha apenas quinze minutos antes do encerramento do período para assinatura da ata de colação, alguém aí lembrou do meu estômago?

  Essa fase superada. Fila para a entrada no Teatro das Bacabeiras, dos formandos e seus respectivos paraninfos, lembro de não lembrar de nada. É isso mesmo, por dois momentos fiquei emocionalmente cega. Tantos flashes e luzes naquele lugar enorme, me fizeram perder a sensibilidade das pernas e mal sentia meus passos. Até sermos acomodados nos lugares reservados, tudo que pensava era em não chorar, afinal estava muito emocionada.

  Ah! Como poderia esquecer da presença da Lili (Liliane Oliveira), já falei dela aqui no blog, amiga querida, que abandonou a faculdade para conquistar seu posto de policial, lembram? Ela foi ver a irmã que também colava grau, em cerimônia anterior a minha e ficou para nos prestigiar. Quando vi a Lili chegando, comecei a chorar, ela tinha uma das melhores notas, era para ela estar conosco também, mas fez suas escolhas (já está de volta à faculdade e termina ano que vem), mesmo assim, imagino o quanto foi difícil não estar com a turma (ou o que sobrou dela), muitos ficaram para trás. Senti falta deles o tempo todo e por isso engoli o choro em muitos momentos. Pessoas que me são muito caras, Márcio Mertz, Leandro Cavalcante, Diego Almeida, Vanessa Salgado, Ingrid Sane, Ane Gláucia, Graziela Miranda, Dayanne Lima, senti falta deles.

  O Plácido de Assis, me disse uma vez que nunca me esqueceria porque fiz parte de sua história e, um trecho do discurso fiz fez alusão exatamente a isso, nossa história. Não podia olhar para Maiara Pires também, se tem alguma guerreira nessa “nossa história” sem dúvidas é ela. Todos os obstáculos do mundo resolveram se colocar diante dela e ainda assim os superou. Tão pequena e tão grande! Admiro muito essa minha amiga.

Chico Terra - Formandos 2011 01-01-2005 04-14-45  A cerimônia correndo naturalmente bem, até que me desliguei, onde eu estava, não sei... foi quando ouvi meu último nome... levantei e segui em direção ao púlpito, naquele momento meu “mecanismo agiu por ele mesmo”, não senti meus passos e quando entreguei o canudo a moça do cerimonial, novamente a cegueira. Ergui meu rosto para a plateia e não vi nada além de nuvens, busquei as palavras escritas na folha de papel A4 e não encontrei sequer um parágrafo, aqueles segundos pareceram intermináveis. Até que respirei fundo e voltei sei lá de onde...

  Depois disso foi só festa e mais festa, até acordar no dia seguinte com um peso enorme. Amanheci jornalista também por formação e sim, mudou algo em mim, mais responsabilidade, mais cuidados com o que for dito, melhor apuração, maiores os pensamentos antes de proferir qualquer opinião, tudo ficou maior, agora qualquer erro também se tornou maior e imperdoável.

 Algumas pessoas gostaram, outras não entenderam, escolheram partes do discurso com as quais simpatizaram mais. Cada um interpreta como lhe convém, mas devo destacar que usei minha acidez peculiar e, acho que foi a primeira vez que meu pai se arrepiou com um texto meu.

 

Discurso na outorga de grau da turma de jornalismo Alexandre Brito

Saudações aos membros da mesa, às pessoas que destinaram seu tempo precioso para nos prestigiar nesta noite e aos colegas formandos aqui presentes.

Por falar em presente: Escolhemos a instituição que nos seduziu com a ideia de que qualidade de vida é uma conquista. Se somos todos conquistadores então, merecemos essa recompensa.

É claro que as batalhas com as quais nos deparamos ao longo de todo o processo de evolução nesses quatro anos, nos ensinaram a enfrentar nossos próprios medos, estes sim, são os únicos inimigos capazes de nos fazer desistir. Não perderemos para mais ninguém, senão para nós mesmos.

A história destes formandos do curso de comunicação social com habilitação em jornalismo, começou com cinquenta e seis pessoas em uma sala de aula cheia de expectativas, sonhos e ambições. Onde tudo era novidade, mesmo para os que ali traziam consigo alguma experiência na área da comunicação, aqueles segundos se tornariam minutos, horas, dias, semanas de uma vontade enorme de mudar o mundo.

Fomos tomados pela primeira impressão, que logo em seguida aprendemos que pode ser desconstruída. Nem sempre a primeira impressão realmente é a que fica. Isso a academia nos ensinou.

E, na comunicação reconhecemos os modelos e antimodelos, os profissionais que queremos ser e os que jamais sairão de nossa memória, como sendo os maus exemplos, aqueles que temem a concorrência, que sonegam informações, que usam de artimanhas escusas para conquistar um lugar ao sol. Mas, que são o mal necessário, afinal de contas sem eles, como poderíamos distinguir os bons, dos ruins. Isso a academia também nos proporcionou.

Tivemos a oportunidade de ter nossos sentidos aguçados pelas aulas/shows dos professores Carlos Magno, Luciano Araújo, Alexandre Brito, Antônio Kober, Márcia Aquino, Jack Barbosa, Sílvio Carneiro, Lucile Leane, Catarina Moutinho, Anísio Neinerv, Roberta Scheibe, Raquel Schorm, Ricardo Nogueira, Bruno Marcelo, Regina Célis, Jacinta Carvalho, Kelly Tork, Cláudia Arantes, Letícia Ferreira e Dione Amaral. Todos colaboraram para que nossos horizontes pudessem ser expandidos.

Ao longo dessa jornada nos questionamos muitas vezes quem queríamos ser, quem nos tornaríamos? Talvez a única certeza que obtivemos, foi a de em quem não queremos nos transformar, naqueles profissionais frustrados, que nivelam pela mediocridade, que se contentam com pouco ou ainda que mancham a postura ética que a sociedade acredita ser a verdadeira função do jornalista, informar. Ao invés de prestar um desserviço a partir da manipulação das notícias em virtude de seus próprios interesses.

Quanto vale esse diploma? Vale todos os dias e noites de dedicação aos estudos, de abdicação de desfrutar da companhia dos familiares, amigos, amores, festas ou viagens. Para que este dia chegasse.

Esse é o valor que tem um pedaço de papel, almejado por muitos, apesar da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, em derrubar a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão.

Não resgatemos qualquer discussão sobre quem tem ou não diploma/ os conhecimentos apreendidos nos pertencem, bem como a convivência e amizades que levamos para fora das salas de aula. E, para dentro das melhores lembranças que carregaremos conosco.

Para concluir o nosso muito obrigado a todas as pessoas que fizeram esse momento possível e que participaram direta ou indiretamente de nossa história.

Turma de Jornalismo Alexandre Brito

Hellen Cortezolli

16/03/2011

sexta-feira, março 18

Por Elton Tavares

* Eltão consegue me fazer chorar de felicidade quando leio seus textos, sei que são cheios de sentimentos. E, me sinto honrada em poder chamá-lo de amigo. Muito obrigado meu amigo por todo esse carinho e incentivo. Também amo você!


Texto original -  Outorga da turma de Jornalismo Alexandre Brito, parabéns Nerdizinha!
Foto Maksuel Martins
Particularmente, não sou chegado a cerimônias, prefiro as festas de formatura. Mas foi ótimo ter prestigiado a Outorga da “Turma de Jornalismo Alexandre Brito”, da faculdade Seama, ocorrida ontem (16), no Teatro das Bacabeiras.
Foi legal rever amigos, colegas jornalistas, ex professores e blogueiros. Na pequena turma formaram os meus amigos Raoni Holanda, Cleide Freire, Lidiane Nunes, Stefanny Marques e Hellen Cortezolli, sim a Helenzinha, minha “Nerdzinha”. 
  Todomundo2
Em dois momentos, ao ser diplomada e quando Cortezolli foi discursar, eu e Silvio Carneiro demos uma de moleques e gritamos: “É isso aí Cortezolli!” (eu) e “Pirata!” (Silvio). E rimos muito disso olhando a cara cínica do Brito.
  todomundo
  Em seu discurso, Hellenzinha agradeceu a todos os professores que lecionaram ensinamentos jornalísticos ao longo dos quatro anos de curso, entre eles os meus amigos Alexandre Brito, Silvio Carneiro, Kelly Tork e Jacinta Carvalho.

  Cortezolli também detonou jornalistas que, para ser mais claro, parafraseio Cazuza: “transformam o país inteiro num puteiro, porque assim se ganha mais dinheiro”:

“Ao longo de nossa jornada nos perguntamos quem gostaríamos de ser. Quem nos tornaríamos? A única certeza que nós temos é em quem não queremos nos transformar. Naqueles profissionais frustrados que enveredam pela mediocridade e mancham a profissão. Porque jornalista tem a missão de informar e não manipular notícias em nome de seus próprios interesses”, enfatizou brilhantemente minha amiga Hellenzinha.
 
O pronunciamento de Cortezolli, melhor que todos os outros oradores do evento, evidenciou sua genialidade, que soube expressar seus anseios e sonhos para a profissão que escolheu. Ah, as palavras da Nerdzinha levaram nosso amigo Silvio a lacrimejar. Normal, ele também ama a Hellenzinha e estávamos todos muito orgulhosos dela.
amigosqueridos
O professor e paraninfo da turma, Alexandre Brito, disse emocionado: “Estou muito feliz. Fiz questão de olhar no olho de cada um e ver a felicidade dentro de vocês. Pois esta é uma vitória individual e uma vitória coletiva, já que os pais e familiares que contribuíram muito para o sucesso estão aqui também”. Legal! O Brito é brother da maioria mesmo, inclusive deste blogueiro.
Para fechar a noite com chave de ouro, fomos ao Bar do Francês, tomar umas cervas geladas, comer pizza e conversar sobre bobagens inteligentes (risos). Foi muito bacana. Enfim, aos novos jornalistas por formação, meus parabéns. Em especial a Hellen Cortezolli. Querida nerdzinha, eu amo você!

domingo, março 13

Resposta idiota para pergunta estúpida

Se eu me acho?

260111NIVER_CORTEZOLLI(CHICO_TERRA) 26-01-2011 14-40-58  Na verdade não, porque geralmente não me escondo de mim mesma. Costumo me esconder das outras pessoas, logo, se não me escondo, não preciso procurar por mim, assim não necessito me encontrar.

  Quando alguém se acha, é porque havia se perdido e sido acometido por uma angustiante carência em se ter de volta.

  Em se tratando da minha pessoa, como boa pirata que sou, estou sempre perdida, nunca ocultei essa informação de ninguém, quem opta por me seguir é ciente disso. No máximo corro atrás do tempo e costumo vê-lo de costas, ainda assim, insisto.

  Você sempre terá a opção do botão ufollow, rsrsrs.

sábado, março 12

Hoje queria ser mais de uma

 

Maksuel

Então tá combinado, hoje no Auditório do MIS, depois Praça da Bandeira e Proibidus… próxima parada: Jamais Saberás, rsrs.

Filme

Orfeu Negro  Hoje às 18h30 no Auditório do Museu da Imagem e do Som, exibição do filme Orfeu (1958), a primeira versão de Orfeu da Conceição de Vinícius de Moraes, direção de Marcel Camus, produção de Sacha Gordine, roteiro de Vinícius de Moraes e trilha sonora assinada por Tom Jobim, Vinícius, Luiz Bonfá e Antônio Maria.

  Premiado com a Palma de Ouro em Cannes na categoria de Melhor Filme. Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
  À frente do debate o Prof. Ms. Luciano Magnus
  Entrada franca em todas as programações.

  Sinopse
  O mito grego de Orfeu e Eurídice é retratado como uma trágica história de amor ambientada nos morros do Rio de Janeiro, durante os festejos do carnaval. Eurídice encontra-se no Rio de Janeiro pouco antes do carnaval, quando conhece Orfeu, um condutor de bondes, que logo se apaixona por ela, chamando-a a participar de um desfile. 
  MIS (CABEÇALHO) ok-peq
Fonte: Alexandre Brito/ MIS
 Fonte sobre o filme :http://www.cinemaclassico.com

quinta-feira, março 10

Para rir alto

Recebi este e-mail da minha colega Clayse Silva, em meio as mil coisas que preciso fazer hoje, parei e ri alto. Resolvi dividir com você.

crachá  Um promotor público vai a uma fazenda, em Frutal, estado de Minas Gerais e diz ao dono, um velho fazendeiro: "Preciso inspecionar sua fazenda por suspeita de enriquecimento ilícito e denúncia de possuir plantação de maconha!"
O fazendeiro diz: "Ok, mas não vá naquele campo ali." E aponta para uma certa área. O promotor, puto da vida diz indignado: "O senhor sabe que tenho o poder do governo e da polícia comigo?"

  Em seguida tira do bolso um crachá, mostrando ao fazendeiro: "Este crachá me dá a autoridade de ir onde quero... E entrar em qualquer propriedade. Não preciso pedir ou responder a nenhuma pergunta. Está claro? Me fiz entender?”

  O fazendeiro todo educado pede desculpas, diz "sim senhor" e volta para o que estava fazendo. Poucos minutos depois o fazendeiro ouve uma gritaria e vê o Promotor correndo para salvar sua própria vida perseguido pelo “Santa Gertrudes”, o maior e mais bravo touro da fazenda. A cada passo o touro vai chegando mais perto da autoridade, que parece que será chifrado antes de conseguir alcançar um lugar seguro e mostra-se apavorado e desesperado.

  O fazendeiro mineirinho larga suas ferramentas, corre para a cerca e grita com todas as forças de seus pulmões: -"Seu Crachá, mostra o seu CRACHÁ!!!!!!!!!!."

Pensando em voz alta

  Hoje muita coisa passou pela minha mente, alguns desatinos me fizeram perceber que enquanto busco viver meus momentos como se fossem os últimos, por simplesmente acreditar nisso... As pessoas vivem, em sua maioria, como se houvesse todo o tempo do mundo. Isso me asfixia.

  Em outro momento, percebi que ninguém gosta de perder e cada um reage de maneiras diferentes... a negação é basicamente uma delas.

  Há momentos, os mais difíceis principalmente, em que precisamos das pessoas, das que consideramos mais, que nos são mais caras, raras... muito próximo daquilo que cremos ser amor, em suas formas diferentes e mais inusitadas.

  E talvez, só talvez, por não saber o que dizer, como reagir, ou onde colocar as mãos, nos vestimos com a roupa mais impecável da negação e nos furtamos de ficar ao lado de quem precisa de nós.

  Um dia também precisei de alguém, alguém que sempre esteve comigo, estiquei minhas mãos e muitas pessoas apareceram, fiquei feliz por isso, mas aquele alguém não. Então, cobrei sua presença, já que ele demonstrou que o sempre, havia se tornado um quase... Ele me disse que não sabia o que dizer. Me calei diante de tal argumento, o tempo passou e procurei entender.

  Tantas vezes não soube o que dizer... Enxerguei que o ouvir é menos importante, quando se tem a presença de alguém que realmente importa.

  Muitos gestos são capazes de demonstrar que não somos tão frívolos quanto aparentamos e uma força estranha, nos adequou com discernimento para evidenciar o percentual intelectual dos quais somos dotados, mesmo que pouco.

  Demonstremos de todas as maneiras possíveis. Será mais difícil fazê-lo quando não houver mais plateia, nem palco, holofotes nem picadeiro.

  Ser ímpar, também significa ser só, sempre haverá um sobrando… sobrando.

terça-feira, março 8

Para refletir e quem sabe encontrar respostas para seus problemas


No dia internacional da mulher, para pensar no assunto...

Criações

  Que bom que os dias não têm sido iguais e com isso me perco em novidades. Por hora é o que me basta!
  A última e não menos importante foi a execução de uma ideia de divulgar o trabalho do meu amigo Aog Rocha, fotógrafo, muito estimado por suas inconfundíveis considerações, em meio às divagações filosóficas regadas por inebriantes noites de boa companhia...
  
   Finalmente para vossa contemplação:
  

quarta-feira, março 2

Temores e delícias da criação

  Faz tempo que não falo de trabalho aqui... No entanto tenho novidades, agora trabalho com criação! Rsrs      Parece brincadeira porque cada linha escrita em qualquer que seja o veículo, é criação...(ressalvas para o  mau hábito do Ctrol + C, Ctrl + V). Agora me pego analisando os comerciais de tv, as artes na cidade, ou a falta delas. Os slogans, folders, banners, logomarcas. Nossa! São tantos talentos e ausência deles, que até bate uma saudade do que não conheci.

  Na faculdade tinha uma ciumeira entre os cursos de comunicação, mas nunca liguei para isso, danem-se os mal amados e necessitados de autoafirmação. Meus melhores amigos são publicitários, assim como jornalistas e só tive a ganhar entre eles. Parei para identificar minhas mudanças, mudei muito...

  Voltando a lógica do contexto, criar dá medo. Criar formas diferentes de ver o mundo, então me deparo com constantes crises de covardia, às vezes até falta o ar. Quem sabe essa dor no peito, que mais parece um buraco negro não seja somente uma crise criativa, ao invés dessa tristeza desmedida que aparenta?

  Engraçada essa expressão “crise criativa”, quem deveria passar por isso teria como resultado mil realização, mas não sei quem foi o esperto que atribuiu à “crise criativa” a falta de criatividade, quando deveria ser o oposto.

Tic-tac

Quanto tempo tenho?
    Felicidade é estado de espírito, desenvolver um raciocínio a partir disso é como buscar sustentação em algo invisível, porém que te alimenta, algo muito semelhante com a fé. Mas, fé? Há tempos me tornei mais cética do que deveria. Perdi minha crença principalmente nas pessoas e me incluo nesse meio. Isso é mais do que triste, é desesperador.
  Percebo minha inquietação constante, aquela sensação de bipolaridade extrapolou até mesmo o considerado anormal, então devo agradecer e reconhecer a esta altura, temo olhar para trás…
  Minha imaginação anda confusa. Terá sido minhas conquistas? Quando elas finalmente acontecem em vez de comemorar e soltar meu grito mais cortante, me calo... e revivo meus passos até ali... me assusto... foi tão rápido.
  Quanto tempo tenho?
  Quanto tempo terei até a próxima conquista?
  As verdades assim como o tempo são relativas, ninguém é todo verdade que não possa mentir para si mesmo e, alguns não são totais mentiras que não possam ser sinceros ao menos uma vez.
  Quem sou eu hoje, depois de tudo? Quem fui? Quem irei me tornar?
  É estranho não me reconhecer no espelho. Não poder julgar a mim mesma.
  E o tempo passa... Quanto tempo ainda resta para me reinventar?