Eu tinha um costume de personificar o tempo e me referir à ele, como a alguém a quem costumava perseguir, sem alcançar e ainda o vê-lo obviamente, sempre de costas. Do jeito que isso soa mesmo, insano.
Sou dessas que personifica quase tudo, se tiver que explicar ou exemplificar.
Enfim, o que me leva a crer que, além de inatingível é um cara estranho, que viaja sem parar e manipula a vida das pessoas a seu bel prazer.
Contudo, por um instante isentarei o tempo de sua vilania e seu caráter dúbio, e mencionarei a obra homônima de Mário Quintana com a qual mais me identifico.
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
*Já fiz quase tudo descrito no poema, exceto os 50 anos... Se bem que às vezes parece. :D
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