"O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém".- Hellen Cortezolli

domingo, janeiro 31

Dominicus

Trabalhar no domingo? Nãããããão.
Não lembro a que horas fui dormir, mas me antecipei ao relógio. Nove horas eu tinha ajustado… Mas deu uma preguiiiiiiiiça! Só mais alguns minutos e estava tão gostoso na cama.
Ainda pensando se valeria a pena ou não sair do ninho…
Mas, palavra é palavra e não preciso que ninguém me diga o que é compromisso… Algo como “sangue e honra”, a palavra é assim para mim, só não saio mesmo se não tiver saúde e, ainda tenho que aguentar uns tipos babacas que ficam zangados comigo quando adoeço, ah! quer saber vão se danar.
Voltando ao lance da palavra, fiz compromisso então fui…trabalhar como fiscal num concurso, em pleno domingo, numa escola (onde estive antes trabalhando também na Ação Global) não sei o bairro, mas tem uma pracinha bacana... E lá estava eu, uniformizada querendo que o chão me engolisse, como sempre, porque todo terreno inexplorado me provoca medo, mas medo também serve como combustível.
Fui indicada por um amigo que fez parecer fácil, a chefe de sala não chegou na hora e fiquei bastante apavorada, não teve orientações sobre como fazer… Engraçado falar isso, porque no sábado eu fui na reunião, naquela ocasião imaginei que fosse pra ver qual era, não sabia se seria mais uma furada dessas que aparecem no meu caminho. Ficou um clima estranho, mas não quero falar sobre isso. Pra encurtar a história, apareceu um monte de gente para me ajudar e descobri que tem muita gente bacana por aí, que sabem trabalhar em equipe.
Aliás “equipe” fazia um tempo que não via isso, é sempre “cada um por si”. Mas foi legal, me vi perdida no tempo que para mim passava rápido até, diferente dos candidatos concentrados e cientes que não sabiam muita coisa. Sei que é maldade minha, mas não posso evitar, eu leio os corpos o tempo todo. E tinha quem coçasse a cabeça e alisasse o papel como se pedisse “por favor! se resolva em meu lugar” ou quem sabe até “me dê uma luz”.
Não me divirto com a aflição alheia, só destaquei o que vi.
E naquela sala de aula, toda riscada com caneta bic, nas paredes, carteiras também, nomes de alunos e outras bobagens, vi na parede ao fundo em letras garrafais: “Helen 100% nerd”. Achei engraçado, coincidentemente tinha uma “Helen naquela sala… Bom, quanto ao adjetivo que deram a ela, deixa para lá.
E viajei no meu olhar pela porta de novo, enquanto cuidava o horário como fazia parte da minha função… O dia ficar cinza, e um vento agradável que tocava meu rosto, estava tão quente lá… De repente, uma chuva fina começou e logo em seguida apareceu o sol, Tudo em 3 horas e meia. Legal, né?! Um único dia, que foi vários.
Quanto aos candidatos, enquanto eu conferia seus dados, documentos e lugares marcados, os observava. Descobri que adultos são teimosos e chatos, não que eu não soubesse disso antes, mesmo em casa fui alertada para ser paciente, (não sei porque mas tenho fama de brigona).
Voltando aos chatos: Por que complicar?
Então uma coroa, com roupinha de “mocinha” chegou com uma bolsa pequena bege, com alça atravessada no peito, na outra mão uma garrafa com “uma água meio marrom” rsrsrs. E alguns doces e barras de cereais. Ela disse que queria comer… Aff! Até que foi engraçado.E comeu o tempo todo da prova e nos raros momentos em que comentei algo com a minha colega de trabalho, falei que ela seria a última a sair da sala, que talvez desse problema. Estava certa quanto a ser a última.
Como procedimento padrão, o candidato deveria depositar numa sacola plástica com lacre todos os seus objetos metálicos, celular e documentos que não fosse usar, já que para a prova era obrigatório somente o RG e a caneta esferográfica de tinta preta.
Tinha um cara, (dos 15 candidatos da sala, somente 3 eram homens, achei necessário comentar isso). Como eu havia dito,o cara tinha duas canetas e as instruções eram claras, somente caneta preta para o preenchimento do cartão resposta. No fim, quando o cara entregou a prova, tinha feito tudo de caneta azul. Alguém pode me explicar por que cargas d’água aquele estrupício fez isso?
Ah! Tá, vai dizer que foi falta de comunicação e ninguém o alertou?!
Nada disso, a Chefe de sala avisou antes da prova iniciar. E no caderno do candidato também tinha um aviso.
Tem um nome para isso: “PORTA!!!”.
Ah! Esqueci de dizer que a porta da sala não tinha maçaneta, e quando um dos meninos foi nos ajudar, ficamos trancados.
Pho da SE.
Não perdi o bom humor, só não achei engraçado. ¬¬
Tiveram que pular a janela e tals… Mas o pior não é isso. Quando fiquei sozinha na sala, antes dos candidatos entrarem, tive que esconder a faca que serviu de maçaneta, rsrsrs afinal de contas o que eles pensariam de uma fiscal com uma faca sobre a mesa?
Ahahahaha, Desculpe não resisti.
Mas, a experiência foi legal, apesar das decepções. Sempre espero demais das pessoas, a culpa é minha, sou eu quem não aprende que nem todo mundo tem discernimento para algumas coisas. Agora tanto faz.
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Já em casa, fiz um monte de coisas legal, agradáveis. ..
Uma delas foi lavar minha alma velha…na chuva.


(PS- Um dos responsáveis pela escala do pessoal, foi meu colega em 1998 e me reconheceu, fiquei com vergonha porque não o tinha feito também, apesar de achar sua fisionomia familiar. Ele lembrou até da cor dos meus cabelos na época. Engraçado, sempre achei que eu fosso invisível).

sexta-feira, janeiro 29

29 mais uma vez

Quando eu disse que meu aniversário durava uma semana não foi exagero... Sempre foi assim, e que bom que apesar do tempo ter passado tanto... continua sendo.

Fiquei com tanta vergonha que esqueci de fazer o pedido. Rsrsrs Então, depois de ter faltado no trabalho ontem, em decorrência de um mal estar “cabuloso”– talvez por ter consumido doces além da conta - hoje quando assumi meu posto, tinha surpresa de novo, que dividi com outras duas colegas que aniversariaram neste mês também a Lubna e a Denize (dias 22 e 29).

A Cianúzia que comprou os leques. Ah, Cianúzia minha chefe, junto com a Luciene, organizaram tudo, flores, bolo, salgados, mas disseram que os leques eram especialmente para mim, quando os meninos questionaram...

Fiquei mais sem graça ainda nessa hora. Aff! hihihi

 

“Temos uma Pucca aqui também”, explicou a Lu, fazendo referência a minha pessoa, é isso mesmo, apesar de ter que manter a minha fama de má, adoro a Pucca.

 

Então posso dizer que os leques eram só pra mim.

Mais uma festa da "Pucca"!

Piratas

Não há como não fazer referência aos Piratas que agora já têm até hino.
Sem mais delongas, hoje já ganhei o dia. E clique na palavra hino para saber do que eu falo e aproveite para ler como a vida pode ser...
Salve, Mestre das Ilusões, Capitão Alma Negra e o pirata (Bilíngue) Poliglota que domina o inglês mandarim!!!!!
Saudades de vocês.

quarta-feira, janeiro 27

29

Foi um dia em que dormi feliz. Meu riso frouxo já dizia tudo....

No trabalho cantaram parabéns, e fiquei sem graça. Meu nome no site já estava de bom tamanho, rsrsrs. E chegado o período mais irritante do dia, aqueles 30 minutos que antecedem a saída, parecem propositalmente se arrastarem.

Ufa! Eis a porta de saída. Amigos à espera...Bem não era exatamente o que eu queria. Mas, vou por onde o vento me levar, e shopping, realmente não estava nos meus planos.

Confesso que sou consumista, luto contra, mas sou sim. Adoro comprar, só que sem grana não dá, então evito lugares tentadores assim, me deprimem. E para uma terça-feira, parecia que todas as mal-amadas, carentes e sei lá mais o que, resolveram ir às compras. Nesses momentos o tempo é cruel, ele simplesmente não passa. E dá um ódio.

Brigas inevitáveis e aquela cara de descontente estampada como cartão de visita, com um sugestivo “não se aproxime” no pescoço, quem sabe no peito, tanto faz.

Lembrancinhas carinhosas, que naquele momento não foram bem- vindas. Aff! Sinto muito, mas vou do céu ao inferno em pouquíssimo tempo, para retornar demora um pouco mais.

E ao abrir a porta de casa... Casa, palavra mágica, tudo que eu queria no meu aniversário, era a minha casa, e um bom banho demorado, depois, bom depois seria depois...

Mas, uma mesa posta, com um bolo de chocolate delicioso e uma vela da Pucca.

Cara! A vela da Pucca, copos e pratos combinando! Cara! Era tudo da Pucca, derreti.

Calma! Demorou para a recomposição, se bem me lembro, era uma cara amarrada com a plaquinha de “não se aproxime”, então quem sabe depois do banho.

E foi assim:

Com direito a cachorro quente, bolo de chocolate, doce de cupuaçu, amigos ultra carinhosos, um namorado esforçado e pais cúmplices. Telefonemas, amados, do sobrinho-filho, da ex-cunhada, vovó também ligou. E tudo isso na mesma data, tudo junto, misturado.

Mais tarde, um brinde na orla, com direito a vodkarro e um sprit aventureiro!

Já tive bons aniversários... Mas este foi o melhor de todos.

Na madrugada um monte de recados no Orkut, que respondi a todos quando cheguei.

Ah! Dia seguinte mais carinho... Esqueci que meu aniversário dura uma semana. Fiquei e estou muito feliz.

Bem-vindos 29!

segunda-feira, janeiro 25

Pequenas divergências que partem de análises específicas (Parte I)

(Tenho histórias para contar, só preciso ordená-las. Esse fim de semana rendeu algumas bem gostosas).
Hoje no final da tarde, uma frase lida num dos blogs que acompanho, me fez refletir bastante e lembrar de situações sociais, com as quais nem sempre lido muito bem.
Mas, vou levando...
Lembrei que não gosto de dividir minhas análises mais íntimas.
Egoísmo? Que seja.
Mas, somos co-autores dos textos que lemos, e depois de publicados eles não nos pertence mais.
Então, variam as interpretações, e vale tudo.
Essa parte da vida, é a que mais gosto. As diferenças, principalmente como as encaramos...
Seria um saco, se todos pensássemos de maneira igual.

Continua...

domingo, janeiro 24

Original, só os “Piratas”

(Dá-me a mão a mim, e a outra a tudo que existe. E assim vamos os três, pelo caminho que houver)… Frase tirada da agenda 2010 do Alma Negra.

Não se tratava de um sábado entediante, só não estava normal, talvez porque a sexta-feira não havia sido como as dos últimos tempos…

Havia uma tristeza esquisita, ou qualquer outra coisa que se aproximasse disso. A cidade parecia deserta, pessoas dispersas e um lugar bonito que falava de solidão o tempo todo.

Antes obviamente, uma mesa quem sabe no lado norte, quem sabe até, bem perto das águas, onde está fixada “mais uma obra do Governo do Estado do Amapá”. Entre estressado e saia zen…Interprete como melhor lhe convir.

Viagens à parte, esse foi um sábado, onde a “Pirataria” estava inspirada, nunca igual, sempre diferente.

Contudo, Alma Negra, o Pirata Bilíngüe (que domina o inglês mandarim) este estava sumido, e resolveu dar as caras… É claro, que não poderia faltar o Mestre das Ilusões. Aspirante convocada, e o moço de cabelos compridos, cujo riso se consegue fácil… Todos ao redor da mesa, naquele lugar onde naquela noite em especial, o vento não batia, parecia preguiçoso, o que havia acontecido ao lugar?

Especulações vinham de todos os lados… Até que um rapaz com sorriso branco, dentes perfeitos, olhos vermelhos, e uma frase de efeito, roubou a atenção.

Sabe aquele tipo, que te diz alguma coisa e você fica sem reação, só para ver no que vai dar? Então.

Ele fazia trabalhos manuais e reproduziu a imagem que estava em sua mente…Mostrou aos que sentados sorviam a cevada de seus copos pequenos, porém, transbordando de intensões, a cada gole uma frase, um flash e submergiam todos às lembranças de infância, que trouxeram à tona também “Brasis autênticos”, perversões, citações e tantos outros ãos e ões.

As lembranças depois de alguns dias sofrem mutação, farei o possível.

… Mas, o que marcou foi o cara dos trabalhos manuais… Que depois da paisagem no azulejo, se levantou, deu de brinde mais um sorriso e concluiu:

“O incentivo não é comprar… é deixar mostrar o trabalho”.

Poderia ter encerrado a noite aí, mas pirata que se presa não parte em barca furada sem antes rir bastante, e que seja de alguém vivo. O cantor mambembe que o diga, ofereceu o cd de mesmo nome, todo mundo liso… Deu mais uma volta e ofereceu novamente para o Alma Negra. Cara! Logo para quem. Virou chacota na mesa logo ali em frente.

E falou-se sobre a falta que o vento fez. E da “Perestróica”, que ninguém lembra porque foi citada na história, de Isabela que só ficou olhando de longe, talvez com saudades do arroche do Hermético na semana anterior, esta entrou de vez para o clube dos carentes.

E o guarda-roupa que virou penteadeira no meio do nada. Mosquitos sortudos, e a recusa do dinheiro que não foi feita, por ser dinheiro… Aff!

De Alma Negra, o homem filosofa:

“Relaxa que o ser humano é cachorro… Dilata e fica”.

E mais:

“Até gelo pra esquimó eu vendo”.

Conclui-se com esta que pode-se esperar tudo.

Até que a lua fique logo ali, como vida breve de mosca que não almeja nada menos que tocá-la, mesmo que morra feliz acreditando que poste é paraíso. Deixa que morra feliz.

Porque “original, só os piratas”. E que tudo fique registrado!

sábado, janeiro 23

Sexta Punk

Então foi um tédio! Um dia como outro qualquer, quando fazemos sacrifícios para agradar aos que nos são caros, mas que na realidade não deveríamos ter saído de casa, se possível, sequer levantado da cama...
Teve Punk Rock no Sesc/Centro.
Eu não estava com nenhum espírito de "Pirata", tão pouco desfrutaria da companhia deles, mas a pedidos... Lá fui eu, meio deslocada, permaneci por algumas horas, que passaram rápido até. Teve uma VTR nº qualquer, com quatro PMs, que adentraram o recinto, sabe-se lá porque.
Vi rostos conhecidos, mas eu estava distante demais da capital para me sentir em casa...
Algumas risadas. Vi casais conversando, namorando e curtindo com amigos.
Do SESC para a frente da city.
Horrível! Quem disse que a pior poluição na orla de Macapá, são os recipientes plásticos arremessados ao Rio Amazonas sem nenhuma responsabilidade ambiental, ah, talvez as latinhas... Nada! Tinha para todos os péssimos gostos, tecnobrega, funk, e sei lá mais o que, todos os sons obviamente, poluentes nocivos a ouvidos sensíveis como os meus, não permaneci lá, nem por meia hora.. Por mais que os amigos gostassem da companhia nada agradável, em função do meu mau humor, de fato era impossível.
Foi pouco tempo mas valeu, vivi cada segundo...

sexta-feira, janeiro 22

Salve!

Hoje é sexta-feira e, como um amigo me disse:
Sexta-feira não se planeja...é só seguir o... Bom, essa terminação vou deixar a critério de cada um, rsrsrs.
Continuando meu raciocínio, não planejei nada. E, vou esperar que os bons ventos me levem para onde for. Mesmo que seja para ver as paredes do meu quarto. Aff! Fazer o quê?
Só quis publicar algo sobre a sexta-feira para gerar expectativas, e dividí-las com você, que todo dia dedica minutos do seu precioso tempo, para ler o que escrevo.
Confesso que ultimamente não tenho lhe consagrado com boas risadas, tão pouco com reflexões profundas. Rasa! Assim tenho me apresentado. Porém, perdoe! É só nos fins de semana que as boas histórias têm acontecido para mim... Ao menos as publicáveis.
Li um dia desses, um artigo num jornal que falava sobre a saúde mental, que só acontece com os "exercícios" do fim de semana... Por que será, né?

Tenho minhas teorias:
1 - É no fim de semana que as pessoas costumam relaxar mais. Descansar, encontrar os amigos, dar boas risadas, até mesmo do que aconteceu de estressante no início da semana, segunda-feira dificilmente é um dia adorado, por mais que tenhamos que agradecer por estarmos vivos, ter saúde, blá, blá, blá. Segunda-feira é um horror, é começar de novo, e de novo, e de novo...

2 - Mas, esta só serve para quem não trabalha no sábado, pode ficar até mais tarde acordado na sexta-feira, e como boa "Piratinha", ou melhor, aspirante que sou, ter "horas de vida"...Quem sabe até para contar para os sobrinhos, quando eles crescerem, sei lá naquela fase de adolescência talvez (a minha ainda não passou, eu achava que quando passasse dos dezoito eu seria adulta e tals, mas as coisas foram piorando...) e, descobri que tem adolescente de 40 anos também. Rsrsrs. Que mal há nisso? (Parece até aquela música do seriado Chaves: Se você é jovem ainda, jovem ainda,jovem ainda, amanhã velho será, velho será... Ah!deixa para lá);

3 - Tenho uma amiga que trabalha no domingo, tive uma sensação horrível quando ela me contou. Puts, odeio o domingo, mas não abro mão dele. Vou explicar porque o odeio: Ele antecede a segunda-feira, que é quando devemos começar de novo e, de novo e de novo. Mas, o domingo é aquele dia em que podemos fazer de tudo, e não fazemos nada, porque o tudo que às vezes queremos fazer, está fechado, sacou? Ah, sair com mãe para fazer compras (só quando tiver tempo, e não for estressante; Esquece! Esse dia não existe. Compras são sempre estressante, você quer alguma coisa para suprir alguma outra necessidade, e depois que você adquire aquela "coisa", se dá conta que não era o que faltava, entendeu? Por isso compramos "coisas" sem utilidade).Contudo, voltando ao domingo. Já viu o silêncio que fica na tua rua, em dia de domingo, chega a ser triste. Só falta rolar aquele emaranhado de palha que é deslocado pelo vento, tipo, faroeste. Ui! Isso quando não te torturam com tecnobrega, ou afins. Parece vingança de vizinho, costumo sair de casa para lugar nenhum, só para não ter que ouvir essas agreções audíveis, ou melhor, não audíveis.

4 - Sábado é sempre o melhor. Mesmo que você não faça nada.
Eu nasci num sábado. Ele fica protegido pela sexta-feira, que se você tiver saído, é o dia da ressaca, pode acordar tarde, tem lugares para ir à noite, que quase todas as lanchonetes e/ou restaurantes bacanas estarão funcionando.
Ah, aquele restaurante com a mousse de chocolate também funciona no sábado de manhã. Falando nisso até deu uma vontade!

5 - Última teoria, sexta-feira para ter cara de sexta, tem que ter "pirataria", senão fica como se fosse terça, quarta ou quinta, rsrsrs.

quinta-feira, janeiro 21

Sem conteúdo você fala o que sente

Estou entediada.
Não podia ficar em casa olhando para as paredes do meu quarto, então, estou olhando para as paredes de outro lugar;
Me pergunto...enquanto rola um seriado de tv do qual gosto: Por que as pessoas colocam relógios analógicos nos quartos?
É torturante ver as horas passarem, ou não passarem, enquanto nos torturamos por algum motivo oculto.
Pintei as unhas de verde com bolinhas alaranjadas ainda a pouco (e nem gosto de verde), estou esperando que sequem, mas não consigo ficar quieta.
Já consumi um prato grande de pipocas, nem senti...Um copo cheio de refrigerante diet sem gosto, cheio de gelo, também não prestei muita atenção ao episódio. Acordei hoje assim, anestesiada... Nem ouse pensar que é TPM;

Falta poucos dias para as férias acabarem, li um monte de coisas, sobre tudo que achei interessante, e sinto que não absorvi nada. Fui emburrecendo, mas no fundo sei porque estou assim, tenho vários motivos, o mais forte é que estou envelhecendo mais, daqui a alguns dias. Será a primeira vez que não esquecerei porque, não tenho me ocupado muito. Sem graça isso.
Resolvi escrever para não morrer de tédio.

Chove já há dois dias, que eu tenha notado, mas hoje senti mais saudades de casa...
Falta muito para o fim do ano...
Não sonhei nada legal também.
Saí de casa para o trabalho, do trabalho para casa, agora estou com amigos... E não estou com eles.

Ando meio obcecada por cores ultimamente... talvez eu deva experimentar mais. Aff! Continuo odiando rosa,            
não odiar não, ódio é o antônimo de amor, então, eu só desprezo o rosa.

Lembrei que ando bloqueada também, antes este espaço era meu diário, até que começou a ser lido, agora tenho que escolher sobre o que escrever, isso é como ter que me policiar de mim mesma.
Reclamações à parte, voltarei para meu ócio mental. Até!

quarta-feira, janeiro 20

Na retina

Ontem vi vídeos criativos. Guardei-os todos na minha retina.
Senti, senti, senti...
Não foi preciso falar. Havia mensagens tão fortes, tão profundas... Submergi.
E ocultei de mim, minha vontade de chorar, assim como a aceleração dos meus batimentos cardíacos, quando a mistura de luzes e cores, naquelas imagens nefrálgicas, cuja música tinha um suspense explicitamente enlouquecedor, me fez sentir no estômago tudo o que eu podia.
Momentos sublimes...

Dizem que os olhos são os espelhos da alma...
Vejo-os como uma porta aberta, para todas as emoções.
Eles falam, ouvem, sentem, percebem...
É só você olhar de volta.
Então, entre sem bater...encare.

A versão...

Aversão...
Haver ação...

Ódio, antipatia inveterada,
Absoluta, imperiosa...

A versão da raiva,
Rancorosa,
Arrogante, que sob a pele se deixa ficar...

Ira, indignação,
Indigna ação hiperbólica
Instigante, que percorre o sangue pelas veias

Fúria, violenta,
Irritação que transborda a taça
E beba aos montes, para envenenar-se

Do lado oposto ao dianteiro.
Reverso,
Lado mau.
"E...tem gente que acha que pensa que vive" e espera um pouco.

Um pouco?
Mais de muito
E continua...
Nua
Quem sabe mais?

terça-feira, janeiro 19

Pequena

Substancialmente feminina e, no singular.
Nessa singularidade eis o mistério...

Será pequena por se tratar de pouca extensão, de volume ínfimo?
Uma pessoa pequena, que não enxerga um palmo além do próprio nariz;
Ou essa moça,
Rapariga,
Guria,
Criança,
Moleca,
Menina,
Tenha apenas as pernas curtas? Diminutos serão seus predicados?
Não merece respeito?

Talvez essa mulher que procura tempestades nos olhos alheios, mal saiba que é nos olhos dela que permeia a própria tempestade...

De estatura abaixo da média, com pouca importância, quase insignificante.
Condição pobre com poucos haveres, que tem limitada escala.
Acanhada,
Mesquinha,
Miserável,
Fraca,
Miúda, em posição aos grandes.

Obscuramente medíocre traz nos passos dados, com seus pés igualmente pequenos, as suas escolhas...
E escolheu sentir e, sentir também dói.

Sobre a Vírgula

Recebi isso por e-mail, resolvi publicar. Talvez porque não esteja com espírito produtivo hoje... Talvez ainda porque respeito a opinião dos outros, mesmo que não concorde com elas...por isso deixo que elas falem. Hoje me falaram sobre vírgulas, o texto não contém, mas eu o percebi cheio de subliminaridades. Fique à vontade!

Sobre a Vírgula


campanha dos 100 anos da ABI

 (Associação Brasileira de Imprensa).
 
 Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
 Não, espere.
 Não espere..
 
 Ela pode sumir com seu dinheiro.
 23,4.
 2,34.
 
 Pode criar heróis..
 Isso só, ele resolve.
 Isso só ele resolve.

 Ela pode ser a solução.
 Vamos perder, nada foi resolvido.
 Vamos perder nada, foi resolvido.
 
 A vírgula muda uma opinião.
 Não queremos saber.
 Não, queremos saber.
 
 A vírgula pode condenar ou salvar. 
 Não tenha clemência!
 Não, tenha clemência!
 
 Uma vírgula muda tudo.
 ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.


 Detalhes Adicionais:
 SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
  
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...

 * Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

segunda-feira, janeiro 18

Mais que amarga...mais que amante

Desça do pedestal, amada amante!
Faça caras feias e se dispa de seus horrores.
Abstenha-se voluntariamente a fim de evoluir após ter admitido a idéia.

Mulher de tantos desejos e solfejos não a tocam mais.
Honrarias à parte, te fazes de forte...

Oh! Mulher cruel, que olha para o céu e o sol se esconde.
Os teus te vêem tão doce e és mais que amarga...
A acidez se curva diante de ti.

Oh! Mulher cruel, que desconheces a ti mesma.
Que te fazem em duas, e tantas mais.
Todas más. Pois amas o fruto proibido, desde criança.

E, na tua infância fostes moldada para lutar.
Amazonas, recolhes tuas armas.
Teu cavalgar nu não é em vão.

De ti não sabes nada,
Desconheces mais ainda,
Que apesar de não teres escolhido...

Só sabes amar... errado.

Horas de vida



(Aos amigos Alexandre Brito, Silvio Carneiro e Aog que não estava presente, porém, não foi esquecido)
Na sexta-feira, enquanto eu estava deitada no sofá da sala e, zapeava qualquer coisa para assistir na TV, me ocorreu que não era aquilo que eu gostaria de fazer, estava triste, com uma angústia esquisita... Acabei adormecendo de tanto tédio e acredito ter sonhado com algo muito parecido com:
Piratas ouvirem meu chamado e me resgatarem do tédio maléfico em que era acometida numa sexta, que deveria ser insana. O Capitão Alma Negra, pretendia desbravar terras mais longínquas em companhia de Isabela, a mais nova integrante do navio... Em seus planos, que haviam sido arquitetados num "Trapiche" por volta das cinco da tarde, ele iria ouvir tambores e sorver um líquido precioso que ostentava a teimosia do gengibre ou para os nativos, "gengibirra".
O Pirata Mestre das Ilusões, não poderia se afastar de seu posto, pois seu legado poderia correr perigo. Assim, nos dirigimos ao "Francês" como combinado. Fui levada por um jovem de cabelos compridos, que muito se preocupa com a minha segurança, ele almeja minha mão, mas naquela noite tinha outro compromisso. Reencontrei no caminho amigas que há dias não as via. Elas faziam planos para o fim deste mês...
Lá estava ele... Alma negra com sua "caneca de cevada" numa mão e com a outra beijava a mão da donzela, não tão donzela assim, mas que sobrevivera sem ter conhecimento do livro dos prazeres, como isso é possível? Não sei, mas é. Ninguém finge tão bem não saber.
Pobre alma que permaneceu todos estes anos (e olha que foram muitos) sem ter idéia da existência das 300 possibilidades de ser feliz... O Alma Negra tentou convencê-la que dessas 300 ele, humildemente, só conhecia 150... e poderia esclarecer algumas de suas prováveis dúvidas...rsrsrs.
E então, fui salva de uma sexta tediosa.
Estávamos Alma Negra, Mestre das Ilusões, a donzela e eu (aspirante) à mesa, até juntarem-se a nós a "mexicana sempre bem vinda" que só encontramos com o "Francês"... Mais, tarde um jovem rapaz de cabelos curtos e óculos pediu licença para dividir seus pensamentos conosco, eis o intelectual, como diria Alma Negra com sua risada maldita, senti maldade nos olhos dele, como não poderia deixar de ser...
Lá se foi, noite adentro pensamentos e devaneios dos Piratas e seus convidados. Soubemos que muitos querem ser Piratas também e naturalmente foram desclassificados, rsrsrs. E trocamos os nomes...
Até que o "Francês" deu os sinais do risco que corria e nos indicou outros caminhos a seguir, antes que a "guarda real" se aproximasse...
Pelo avançado da hora, não sabíamos nosso destino, seguimos sem rumo até que o Alma Negra junto de Isabela optasse por uma "Tabacaria", então esse foi o destino... Mestre das Ilusões e seu inseparável "amigo da capa preta" o acompanharam também, uma aspirante como eu não pode desobedecer a seus comandantes e, segui com eles. Para o intelectual ainda era muito cedo para recolher-se...
Vale uma ressalva que justifique a ausência do Pirata bilíngüe (o único que domina o inglês mandarim) dele só tivemos notícias desencontradas, por certo estava bem, provavelmente não precisou do cavaleiro de "uniforme amarelo" e sua montaria...
O céu estava limpo e as águas calmas demais, como bons piratas não nos descuidamos dos possíveis inimigos e já tínhamos estratégias previamente estudadas para contra atacar, para que não fôssemos surpreendidos.
Meu humor mudou várias vezes durante o trajeto, conheço meus limites e por isso sabia que meu corpo anestesiado sentiria uma hora ou outra os efeitos da minha falta de forma. Mas foi divertido.
Muito próximos do destino, começou a chover, sedenta ergui minha cabeça, abri meus lábios, e deixei que as gotículas de água tocassem minha língua, como faria, Alma Negra em uma dessas viagens dele. Eternizei aquela imagem. Foi somente uma nuvem, que tão logo limpou o céu, então foi possível ver a fumaça que se formou ao tocar o chão, o calor que brotava do solo. Aposto que como eu, a terra também sorveu as gotículas, de maneira tão selvagem que em muito pouco tempo, nem lembrávamos que havia chovido.
Na "Tabacaria" onde se encontravam poucos gatos pingados, uns discutiam relação (Aff! Até lá isso acontecia!) na mesa em frente a que escolhemos.
 Ao fundo velhos lobos do mar, cochichavam com olhares atentos ao redor...
Os Piratas Alma Negra e Mestre das Ilusões pediram a companhia de cinco loiras, Ah! Esses piratas insaciáveis e ainda de uma "branquinha" na medida como disseram eles, acompanhada de um "casca grossa meio azedo, que não é páreo para mim", dessa última companhia eu me encarreguei de dar fim. Afinal sou "crítica por natureza e ácida por conveniência e isso não é só um bordão".
Todos foram embora... Abraão ficou, estava cansado... Havia nos atendido bem, nos dera alguns sorrisos, porém, algum tempo depois, que não foi possível mensurar, nos pediu com as mãos juntas como quem tem fé, que fôssemos embora.  Os Piratas têm suas próprias crenças das quais duvidam quase sempre, porém respeitam a fé dos outros homens e mulheres.
Antes é claro, o "amigo da capa preta" do Mestre das Ilusões falou alto e nós o acompanhamos, quando ele fala ninguém consegue não estremecer ou sentir vibrar suas cordas vocais. E ficamos corajosos para admitir nossos mais íntimos sentimentos, de olhos fechados deixamos que nossas essências fossem tomadas por "nosso próprio tempo" quem sabe até "de 29 em 29"e muitas outras mais. Enquanto o Mestre das Ilusões arranca sons ao puxar os fios esticados propositalmente do lado contrário de seu "amigo da capa preta" tudo que queríamos era não querer mais nada.
E a orla foi nossa, a conquistamos por merecimento.
Até que algo aconteceu com Isabela, o Hermético a prendeu junto às grades, mal sabíamos o que pretendia aquele maldito, mantê-la ali para irritar o Alma Negra. Hermético talvez tenha se excedido, eu também não o conhecia, nem tinha notado sua existência até aquela circunstância. Ficamos presos ali também, mas não iríamos abandonar Isabela, o novo amor de Alma Negra. Pirata que é pirata não foge de uma briga.
E o dia foi clareando, as águas do rio, sonolentas despertavam devagar, quase era possível vê-las abrindo os olhos... E o céu parecia tocar o horizonte e, o sol nascia tímido por entre chumaços de algodão, com um contorno alaranjado... O contemplei tão admiravelmente que, envergonhado ele se escondeu, Mestre das Ilusões acostumado, nem ligava mais para o espetáculo.
Foi assim que me senti muitas vezes naquela noite, sobre olhares, mas não me escondi, não tive medo de nada, e fiquei entre amores... Vi o sol desenhar no céu riscos em vermelho, e barcos acordarem para o trabalho. Isso guardarei comigo, para sempre.
Me apossei desse valoroso sentimento que é estar viva, mesmo que eu faça tudo errado. Culpa dos Piratas!
E por fim acordei... Para voltar a minha rotina, um sábado em casa com a família que, me fez passar vergonha com lembranças da minha infância e o domingo de descanso, cuja madrugada cheia de bons sonhos me deu um sorriso grande pela manhã.
Hoje é um novo dia sem dúvida. Que antecede outras noites mais em que eu possa "sonhar" com as próximas aventuras dos Piratas!
Que as horas possam me levar para mundos tão, tão distantes... Como os que os Piratas desbravam.

sexta-feira, janeiro 15

Só sem...

Cinza...
Resíduos de um corpo, agora restos mortais;
Memórias dos finados, só que no plural.
Luto, mortificação, sinais.

Mas, pode ser um dia sem cor, sem dor, sem sol.
Só mais uma cor, sem odor...

Cinza...
Que não é preto, nem branco.
Não é limpo, nem sujo, só sem...

Nem fraco, nem forte,
Nem claro, nem escuro.
Só sem.

E, acordar pela manhã e ver um dia cinza é como dizer bom dia, sem dizer, só sem dizer.
Ver, ou esperar para ver...
O dia, e a noite, quando vêem.

Você sabia?

  Que a Drª Zilda Arns, Médica Sanitarista, Pediatra, Fundadora e Coordenadora Internacional da Pastoral da Criança e da Pessoa Idosa, falecida no último dia 12 no terremoto no Haiti, era Cidadã Macapaense?

No dia 30 de agosto de 2007, Drª Zilda Arns participou da votação que aprovou a Lei de Ampliação da Licença Maternidade, de quatro para seis meses.          Pois é, a Drª Zilda Arns participou diretamente da votação da Lei de Ampliação da Licença Maternidade na Câmara de Vereadores de Macapá, cujo projeto é de autoria do vereador Clécio Luis  - PSOL. No mesmo dia foi agraciada com o título de Cidadã Macapaense. Sempre sensível aos direitos humanos atuou no combate à desnutrição e ajudou a salvar milhares de amapaenses com a utilização do soro caseiro e da multimistura, assim como no Brasil e no Mundo.

  Por essa razão, o vereador Clécio Luis encaminhou ontem pela Clique na imagem para ampliar.manhã, ao Prefeito de Macapá Roberto Góes, uma solicitação de decreto que institua Luto Oficial no Município de Macapá, em reconhecimento aos serviços prestados pela Drª Zilda, com o intuito de ampliar os conhecimentos da população local do quanto a perda desta ativista incansável é irreparável para todo o mundo.

quinta-feira, janeiro 14

As subliminaridades das propostas de trabalho

  Atípico...

  Pode-se dizer que hoje o dia foi assim. Vislumbrando com olhar otimista, oportunidades nunca me faltaram, tenho ótimos contatos e um monte de gente que acredita que basta me dar uma missão que eu desempenho com afinco (meu pai fica orgulhoso com isso, ele também pensa assim), mas a pergunta que não quer calar é, por quê?

  Se partirmos da premissa de que uma oportunidade reúne interesses que vão além do aprendizado - que é sempre bem vindo obviamente – contudo, no auge do meu sétimo semestre e o acúmulo de alguma experiência que pude adquirir nesses quase sete anos de trabalho, o por quê é um questionamento que não me sai da cabeça. Não é uma reclamação, procuro tentar entender o que se passa comigo, para deste modo, contornar e evitar que ocorra novamente...

  Desde que cheguei ao Estado, tenho tido várias oportunidades de trabalho, mas nunca é aquilo que é inicialmente é proposto. Sem mais delongas, me questiono se não é algo estampado em minha testa, do tipo:

Mão-de-obra barata!

Ou quem sabe:

Posso trabalhar tipo bicho, me pague se puder!

  Sei lá, só pode ser algo assim. Sem levar em consideração a economia do contra-cheque que movimenta substancialmente o Estado do Amapá e o município de Macapá, sei lá, atrasar salários é algo corriqueiro, vira notícia não por ser um ato que beira a abominação, mas porque simplesmente acontece e já caiu na banalização, o povo faz greve e ainda assim, atrasam. E não é só no Estado, ou município. As empresas privadas são campeãs, e ainda obrigam os funcionários a assinarem os contra-cheques com data retroativa para não pagarem multas. As pessoas se submetem porque têm filhos, precisam do emprego, contraíram dívidas e outros bilhões de motivos que só cabem a elas avaliar.

  Hoje foi a minha vez de bancar a otária. E, não foi a primeira vez...

  Bom, o que me motivou a levantar cedo, sair de casa toda arrumada (terno e salto já eram itens pelos quais desenvolvi certa aversão depois do último emprego, “emprego”, porque faz mais de um ano que trabalho só como estagiária, sem carteira assinada, só contratos que duram até dez meses, período definido propositalmente para não dar férias, décimo e tudo mais, aliás é algo que não tenho faz tempo, enfim...) como já havia mencionado anteriormente, desde que cheguei aqui... Sim, porque saí do meu Estado de origem em função da mudança de meus pais para o Amapá, já com emprego arranjado no qual permaneci por dois anos e meio. Depois disso trabalhei dez meses como estagiária, e atualmente às vésperas de completar mais seis meses em outra instituição, onde também atuo como estagiária, sempre aparece oportunidades e promessas de salários sedutores. Jogam lá em cima e quando simpatizo com a proposta, vem a rasteira. Nunca é o valor que inicialmente é mencionado por telefone, daí minha indignação e desconfiança que de fato seja realmente algo com a minha cara de pateta.

  Fui a uma entrevista, na chegada um senhor simpático e falante me recepcionou, e despejou os afazeres da minha função, enquanto esse senhor simpático, cheio de motivação, se queixava da minha suposta antecessora, porque, acredite ele achou que eu estava certa para a vaga. E eu ainda nem sabia exatamente o que ia fazer, me falaram de trabalho e salário, mas queria mais, precisava saber sobre horários, regras e enfim, de tudo.

  Olhei para aquela sala minúscula cheia de papéis espalhados pelo chão, pastas, caixas arquivos, jornais velhos e novos, tudo ali…

  - Estou organizando o arquivo de cinco anos – disse enquanto guardava os cds de cima da mesinha, que tinha um computador, com impressora, mais papéis e uma porção de pastinhas…

  Era para eu estar lá às 9h, cheguei 8:30h, medo de me atrasar... O rapaz que faria a entrevista não apareceu, fui “convidada” então por meu “futuro patrão” para acompanhá-lo em uma reunião. Cara! Ele nem tinha conversado comigo a respeito de quase nada e, lá estava eu na sala de reunião, tentando entender o contexto da conversa. Sorte que assisto televisão, leio jornais, acesso a internet e por aí vai...

  No retorno ao “escritório” falei um pouco de mim e das expectativas para o cargo...

  Eis que vem aquele papo: - Então...

  Independente da área de atuação, toda vez que te disserem “então”, prepare-se para a decepção. Pois é, não era o que eu havia ouvido falar inicialmente, havia sim milhões de senões, poréns e o que mais você pensou aí. O pior é que na hora eu fico empilhada para trabalhar, penso:

  - Ah! Eu vou vampirizar a função e será mais experiência adquirida.

  Entretanto, eu já estou velha...E ainda não me levam a sério.

  Pra encurtar a história, perdi o horário do meu compromisso, o qual expus ao meu “futuro patrão”, que não poderia faltar em hipótese alguma. Foi o mesmo que dizer: “Ei, me explore à vontade, me deixe sem almoçar, me atrase para o compromisso, e me dê trabalho para casa, ah! E claro, não precisa me pagar”.Não que eu quisesse ser paga por enviar alguns e-mails, que daquele computador que não conseguia acompanhar o meu ritmo de digitação – nunca tinha visto terminar a frase, parar de digitar e o computador terminava de digitar segundos depois de mim. Muito louco isso!

  Não fiquei com raiva dele, ou das pessoas que me receberam, fiquei com ódio de mim. Acho que foi por isso que passei mal na rua. É óbvio que o fato de ficar sem almoço até às 3 da tarde também colaborou. Já que meu organismo não aceita bem café da manhã, e não aceita almoço atrasado também.

  Mas, enquanto eu estava na Kombi branca, sem cinto de segurança, que só Deus sabe como ainda circula na capital que se orgulha de ter um contingente considerável de guardas de trânsito para multarem todo mundo…, com os “meus futuros colegas de trabalho” que fizeram o favor de me dar carona... Lembrei que antes dos vinte anos, eu havia chegado há uma semana de Pelotas no Rio Grande do Sul, onde havia estado por três meses, fazendo curso e trabalhando para o Banco local... Eu queria trabalho, e resolvi atuar numa coisa que jamais imaginei que aceitaria, só pelo desafio.

Campanha Política.

  Nunca esqueci os pensamentos nutridos pela experiência de bater de porta em porta para conquistar votos para um candidato que defendia um ponto de vista, mas que no final das eleições, quando percebeu que não conquistaria nem os votos dos amigos, porque definitivamente ele não tinha carisma...e ninguém acreditava no que ele dizia, resolveu mudar drasticamente de postura, não fiquei nem um dia a mais naquele...como é mesmo o nome que se dá para o lugar onde os políticos reúnem pessoas para trabalhar para eles? Aff! Esqueci. Ah, sim comitê eleitoral.

  Arrumei meu primeiro emprego de carteira assinada naquela mesma semana. Já havia passado por teste psicológico e entrevistas, ficado entre quinze mulheres, fui escolhida, recebi o telefonema, no qual não esbocei nenhuma reação, porque imaginei que seria mais um teste, comecei a trabalhar numa segunda-feira... Foi legal.

  Não recebi o dinheiro do trabalho que fiz para o político, com o argumento - por parte dele – de que eu estava empregada e não precisava mais da grana. Pode? Mas, fiz como meu pai sempre fala. “Tenho mais Deus pra dar do que o Diabo pra tirar” - ou alguma coisa parecida.

  Bom, a lembrança me veio ainda naquela Kombi branca... Foi que se eu aceitasse o “serviço” eu estaria regredindo. Não quero desmerecer a oportunidade, nem fazer pouco caso das pessoas que me receberam muitíssimo bem e se acabam de tanto trabalhar. Mas, não era o que eu queria. Nem o que haviam me dito que seria...

   Valorize-se.Entretanto, me fez lembrar do início da minha vida profissional, e que já fiz tanta coisa, andei no sol, bati de porta em porta, trabalhei para bancos, Eca! Não quero mais... Usei ternos, os quais na época eu podia pagar um por mês... Trabalhei com empolgação para gente que mentia que iriam me contratar por salários “milionários” se eu trabalhasse em dois períodos e recebesse por um... para uma estudante, sem filhos, que ainda mora com os pais... O mais engraçado é que sempre me chamam para trabalho...tem que ser algo na minha cara...e sério freela não é coisa para mim...Enfim. Pelo menos eu tive assunto e valeu esse post.

quarta-feira, janeiro 13

Delícia!

Foi um dia meio a meio…

Um início de noite chato, até que os sons ganharam espaços, invadiram a alma, a guitarra de alma lavada liberava o som das almas famintas ao seu redor. A minha era uma, de várias no local.

Noite de metal, a última banda foi porrada, mas não lembro o nome...  Às vezes fico tão eufórica que tenho amnésia temporal. Foi no Sesc/Centro, tudo culpa do Pirata. O alma negra também estava lá, ai dele se não estivesse!

Tanta gente bonita, ambos os sexos. Depois das últimas festas que fui, onde via gente se acabando de tão feias, nossa! Meus olhos até ardiam, e eu não desejei ir embora. Por que tinha que ser uma terça-feira? Mas não lamento.

Depois na orla, a cidade vazia, os garçons nos bares ainda abertos nos expulsavam ainda do outro lado da rua, foi engraçado. Tinha até um silêncio chato, algo que beirava os anos 80, Aff! Lembrei da minha infância.

Sexta-feira da semana que vem tem mais e, vou de táxi. Rsrs

Espero a pirataria, na companhia de um “velhinho”.

segunda-feira, janeiro 11

Demorou!

Fazia um tempo que queria mudar a "cara", pesquisei muito, mas sabe como é? Toda mudança dá um medo de que a saudade do que já passou fique forte demais... Então não mudei ainda do jeito que eu gostaria, radicalmente, mas foi um passo firme e consciente. Taí de cara nova e que 2010 me aguarde, com todas os meus paradóxos e quebras de condutas e protocolos. Sorria você faz parte disto.

Ao mestre com carinho

Ontem fui a mais uma festa, nesses últimos tempos, mês, dias...tenho ido a várias.
Nesta no entanto, não fui para me divertir, não gosto do lugar, não simpatizo com algumas pessoas, elas não me fazem mal, só não me dizem nada, então não perco meu tempo. O prezo muito para isso...
Bom, então arrumei um jeito de não me afetar, para não fazer cara feia, nem ser grossa. Me ausentei mentalmente, achei um livro que ensina "500 coisas que você deve saber", diz na capa que se trata de instruções para a vida, do cotidiano ao mais exótico...
Das 500, 200 são inúteis, mas são curiosidades, melhores do que ver adolescentes de 17 anos entornando uma bebida doce servida num pote de margarina, ou algo parecido... Chamam de "leite de burra", entendo agora o porquê!
E lá vão elas, umas quantas e andam cambaleantes na escada íngrime ruim de transitar sóbria, mas elas se garantem...Sério, não sei como!
Na sala ao lado de onde eu estava sentada, lendo aquele livrinho...e ignorando os gritos histéricos dos necessitados de atenção, mesclados com vozes pouco abençoadas com o dom da música, mas que se "esgoelavam" para acompanhar a legenda de um jogo onde todo mundo finge tocar algum instrumento... Legalzinho até, se não passar muito tempo no local. Contei os minutos, mas por que eu fui? Tinha que cuidar de quem já havia cuidado de mim. Eu me importei com "alguéns" que conheço pouco, na verdade até senti falta. E não tinha nada programado para o sábado mesmo, então...
Mas, não sou de ferro e dali tive que sair depois de uma hora.
Espairecer, ufa!
Lanche, risadas, e voltamos ao inferninho. Tinha tanta gente feia, apesar do álcool, eu não bebi, mas sei lá fiquei com receio do tal "leite de burra", vai que é contagioso.
Três horas depois...
Showzinhos... todos tiveram a ver com relações amorosas e corações partidos, havia cacos para todos os lados. Não foi nada engraçado, cenas tristes, não que eu tenha afrouxado, na verdade fiquei bem frouxa mesmo para o tema, mas não foi legal, um clima tenso, ruim mesmo. Principalmente porque faltava amor, mas  o próprio...
Muitas lágrimas e com álcool na cabeça dá para salvar algumas pérolas, sempre. Adoro!
Então, dentre as lágrimas como já citei, eis que:
Persona 1 - Você está bêbada.
Persona 2 - Não eu não tô, eu tô boa.
Persona 3 - Ela já entrou em estado de auto-negação!
Dito isso em tom que lembra, sei lá, o padre de "O Exorcista". Salvei isso da noite.

Para registrar, a minha sexta-feira não foi assim, teve outro nível. E, eu mereci o puxão de orelha, por outro lado, eu sou foda, arrumei um bom mentor.

domingo, janeiro 3

Para você saber como me sinto


 Meus pensamentos deram espaço a ruídos estranhos, esses ruídos têm tons de branco oscilantes.
 Absorvo as palavras que me são ditas, me provocam reações diversas, raiva, admiração, desejo, ódio, loucura, e enfim caio novamente em desespero, qual a reação que devo escolher? Qual o sentimento que deve permanecer?
 Amor sereno e unilateral, que te dá segurança no entanto és incapaz de retribuir?! Ou um sentimento fortuito, porque simplesmente é desconhecido, que te provoca medo e curiosidade, e um tantinho de paz?!
Paz?
 Que em meio aos soluços desesperados de um e de outro, sugerem ambos a selvageria carnal, e não me alcançam.  Talvez porque um corpo sem alma, não sente da mesma forma.
 Desejos? Quem os dividiu? Quem permitiu?
 Seguem os dias, as noites que dão lugar aos dias e as horas infinitamente cruéis que passam ou não e, no espelho não há reflexo.
 Frases sem nexo e um vazio repleto de por quês.