sexta-feira, abril 30
O segredo do meu silêncio
Enfatizo o “olhar observador” em virtude do hábito de “olhar sem ver”, que confesso ser uma defesa altamente eficaz. Não vejo nada logo, o nada não me atinge, nem me incomoda. Mas, estou ali, se for preciso, sentindo...
Retorno a premissa do olhar observador... E dentro desse contexto assimilo o quanto posso. Anteontem, por exemplo, durante uma palestra sobre comunicação, um renomado pós-doutor exemplificou sobre o silêncio que também comunica. Citou o comportamento de alguém que não fala muito em uma mesa de bar(me identifiquei na hora), segundo ele há apenas quatro possíveis motivos de seu silêncio:
· Está zangado com alguém da mesa;
· Insegurança;
· Tristeza;
· Ou não gostou do assunto...
Naquele momento em diante me ausentei... Divaguei, mal sabe ele que sou do tipo, que fala pouco, porque me contenho bastante, acredito que o falar muito nem sempre é bem-vindo, ouço muito e sei o quanto cansa.
Obviamente, que o pós-doutor está certo, porém, isso não pode ser encarado como uma regra. Ele se esqueceu de dizer que algumas pessoas não falam porque são mais lentas, como é o meu caso (rsrs). Então, penso, assimilo, absorvo ou descarto, compreendo e quem sabe, aceito e guardo.
Me penitencio, registro em algum lugar da minha mente, para mais tarde acessar os dados mais importantes e possivelmente me divertir...
Olho sem ver, me defendo, vejo, julgo, condeno, absolvo. Deixo passar... Esqueço. Entendo, nem sempre aceito. Deito e penso no que vi, como vi e o que me fez sentir. Respiro, lamento, agradeço, durmo.
Eis os motivos do meu silêncio. Depois de tudo isso, escrevo aqui, rsrs.
quarta-feira, abril 28
Saí de casa
Foi num clima cheio de saudade que eu disse um até breve aos amigos que fiz naquela instituição. Lugar cheio de gente interessante, onde passei ótimos momentos. Sem ressalvas!
Às charmosas meninas da Presidência/ASCOM, que sempre me trataram com muito carinho, paciência e atenção, Nira, Denise, Cianúzia e Luciene, o meu muitíssimo obrigado.
Todos os clic’s foram do Márcio Merctz, meu amigo pessoal, colega de trabalho e classe. |
* Desejo ao próximo estagiário da ASCOM do TRE, todo o sucesso do mundo! Que agarre essa oportunidade com unhas e dentes, assim como eu! :)
segunda-feira, abril 26
Redescubro minha bipolaridade...
No decorrer da noite, apatia...
Um pouco mais de compromisso quanto aos trabalhos pendentes, hoje solúveis. Deixei o brilho nos meus olhos aparecer, mas depois oculto, prometo!
E, as fotos apagadas... Queria publicar em outdoor, quem sabe para eternizar sensações que amanhã se tornarão lembranças somente, como as que já transformei em contos numa outra oportunidade. Mas não faz mal, porque entorpecida, conheço minha abstinência dos devaneios, e como boa dependente que sou, vou viver um dia de cada vez, acompanhados de neblinas que minha íris roubou para si, num exercício puramente visual. De tangível apenas o que as luzes dos holofotes, agora apagadas, me permitiram tatear. Sem falar da minha audição... Os ruídos assimilados... É nesse contexto que se revelam as várias de uma.
Só por hoje me permito interpretar as músicas que falam de alma, do jeito que eu quiser. Lembro por fim, do meu relacionamento com o texto... Redigí-lo é provocar ações, e provocações pela ponta dos dedos.
O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém. Meu algoz nesse momento camufla as sensações nas quais me deleito ainda. Porque fotos são apagadas e presas no olhar… Vi o que os olhos viram, senti o que alma quis me falar. Sendo o texto de minha autoria posso atribuir à alma um tamanho G (rsrsrs) e sonhar com isso mais tarde. Sou mega, super, hiper tensa.
* Falei tanto da música, aqui vai um trecho:
“…como é que a alma entra nessa história…
eu bem que tento, tento entender, mas a minha alma não quer nem saber…
Calma alma minha… calminha… você tem muito o que aprender.”
(Zeca Baleiro)
domingo, abril 25
Texto e a síndrome de Estocolmo
Transportar para o papel toda a capacidade imaginária, canalizada de forma a usufruir de conhecimentos apreendidos sobre como chamar a atenção, prender por maior tempo possível o leitor... Não é tarefa fácil. O usufruto de tal mecanismo permite excentricidades confessas, admitidas sem temores.
Não se trata unicamente de devaneios de uma simpatizante das possibilidades que regem a alma humana, em sua moralidade e intelectualidade num raciocínio bem superficial, que de certa forma é frustrada por ter visto na comunicação o atalho mais adequado para se aproximar da socialização. O que muitas vezes se comprova inversamente.
O jornalismo foi mera formalidade, moldes estabelecidos por uma hierarquia de interesses cognitivos. Sim, linguagem com a qual se anseia atingir minorias relevantes.
Com julgamentos adequados no que concerne o contexto proposto nessas malfadadas linhas, ora clichês e em parte pertinentes.
A triste constatação de que o envolvimento da prática às vezes perde a teoria pelo caminho da execução, faz da rotina de criações ora brilhantes, ora medíocres, um peso incômodo de carregar. Execrando de certo modo as etapas que deveriam ser seguidas. Assim é um editor, mesmo que em texto anterior tenha sido considerado um mal feitor... Eis um mal necessário. Textos sem críticas, sem concisão são meros emaranhados de significados puramente unilaterais, que não atingem seu real propósito que é comunicar. Tendo ciência disso, me atrevo a fazer do texto parte importante da minha personalidade, que assim como eu precisa evoluir, ser polido, para quem sabe um dia consiga fazer-se compreender.
A relação de intimidade com o texto se equipara a síndrome de Estocolmo, um algoz que te faz escravo, intimida, te mantém muitas vezes refém, e ainda assim uma paixão, simpatia e amor inexplicável é nutrido por ele. Resolvi falar de texto novamente para justificar meu estado de completa falta de criatividade nesse últimos dias. Não foi falta do que contar, comentar ou criticar, foi o meio que não pude utilizar.
quinta-feira, abril 15
Fábula de quinta
Clichê, o primogênito, cresceu fazendo tudo direitinho, sem fugir às regras. Não tinha intenção de dar trabalho aos pais. Um tapinha nas costas o contentava fácil.
Rebuscado nasceu depois. Sempre preferiu dificultar a permitir que as coisas apenas fluíssem. Tinha tendências a enfeitar demais tudo o que podia, mas ninguém o discriminava por isso. Em casa os pais diziam que o importante era Rebuscado ter espaço para criar. Preferiam a personalidade do filho, do que a do filho do vizinho, Nivelandoporbaixo, um rapaz sem futuro, indigno até mesmo de um olhar de desdém.
Mauinício, veio bem depois. Na verdade a mãe disse se tratar de um milagre da natureza, pois depois de Clichê e Rebuscado, ela não pretendia ter mais filhos, tão pouco o pai Cansaço. Tamanha foi a surpresa quando dona Rotina disse ao seu Cansaço, que espera mais um moleque. Foi só ele dar os primeiros sinais, que lhe chamaram de Mauinício.
Clichê se virou desde pequeno, quando homem já sabia o que queria, sem muitas surpresas nem mesmo aos pais. Foi morar na capital, trabalhava num jornal semanal, com tiragens de grande circulação.
Rebuscado mais ambicioso, queria não só sair da cidade, mas ganhar o mundo.
Com a notícia que o novo irmão estava a caminho, voltaram correndo para a cidade de Lauda, no interior do Estado de Caderno, ao norte de Mochila.
Já na cidade, correram para o hospital e no berçário viram Mauinício. De cara ambos torceram o nariz. E, foi cada um para um canto.
Passaram-se alguns anos, os moleques agora barbados, resolveram se encontrar para se conhecerem melhor. Foi então que marcaram um encontro. O lugar precisava ser calmo, organizado, e que oportunizasse aos três perceberem suas diferenças. Porém, não poderia ser qualquer lugar... Depois de muito pensar, resolveram por uma pracinha jeitosa da cidade, que tinha um coreto muito bonito, onde reunia todas as exigências dos moleques, agora homens feitos.
E, foi lá no coreto, chamado Texto, que os irmãos puderam ficar pela primeira vez juntos, Mauinício, Clichê e Rebuscado.
O encontro foi comemorado pela cidade inteira, com direito a banda marcial e tudo. A família agora estava reunida, Mauinício o mais novo, Clichê o mais velho e o irmão do meio, Rebuscado, fizeram de dona Rotina e seu Cansaço os pais mais felizes do mundo… Até que a paz na cidade de Lauda foi ameaçada, por uma criatura terrível, de tão má, só de ouvir o nome do sujeito mal encarado o povo todo estremecia, idosos, homens, mulheres e crianças… Ficavam para molhar as calças. Era ele El Editor, um estrangeiro maldito que implicou com Rebuscado numa de suas andanças pelo mundo. Pois não é que o coisa ruim seguiu Rebuscado até sua cidade natal. El Editor queria dar um fim em Rebuscado, mas quando durante a festa em comemoração ao encontro dos irmãos, Mauinício, Clichê e Rebuscado, El Editor, decidiu que precisava dar um fim nos três para inquietude da cidade de Lauda e, principalmente de dona Rotina e seu Cansaço…
O jeito foi apelar para um mafioso da cidade, chamado Sr. Arrogância, um velho encrenqueiro cheio da grana, mandou os rapazes para bem longe de Lauda. Para um lugar chamado Ciberespaço que recebia todo o tipo de gente, acolhia que nem coração de mãe. Lá os rapazes vivem seguros, sem nunca esquecer das ameaças de morte de El Editor.
* E aí o que achou? O meu dia foi tão ruim, que se eu não fizesse alguma coisa para mudar, não iria dormir de novo… Espero que você ao menos tenha dado boas risadas. E, a propósito, essa historinha aí de cima, aconteceu com um texto meu. :(
Dia de quinta
Mesmo após quase quatro anos, descobri que não consigo me fazer compreender.
Desperdicei mais um tempo precioso, tenho feito muito isso.
Concisa demais, rasa demais... E ainda assim...
Se não estivesse falando de meus próprios limites, poderia me desesperar.
Esqueci de mencionar que sou teimosa demais também, insisto em continuar.
terça-feira, abril 13
Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay
Pois bem, é pelo início que se começa, e se segue um curso cheio de surpresas. Acreditava eu, do auge da minha inocência que faria um post com relatos da triste experiência de ter sido surpreendida durante a tarde da segunda-feira, pela informação de que uma servidora do setor jurídico sugeriu que as informações postadas em um determinado site, não tivesse as fontes citadas… Será que ela não sabe que isso é plágio? E, que plágio é crime?
E no que implica assessorar juridicamente? Alguém aí se habilita a explicar? (Sarcasticamente falando, ou escrevendo).
Já tinha tido uma experiência uma tanto dolorosa com textos sem fontes, sem nomes de entrevistados e tantas outras atrocidades, como os releases de assessorias publicados como se fossem matérias, onde o suposto “jornalista” se dá o trabalho de trocar o nome e pronto: Eis um texto de sua autoria. Talvez só trocar alguns parágrafos de lugar, e ninguém irá notar.
Me poupe!
Engana-se quem pensa que isso acontece somente em jornais experimentais de faculdade, com alunos “espertinhos”…
Abra um jornal impresso aqui de Macapá, procure nos blogs espalhados pelo ciberespaço, duvido que não encontre algum plágio. Contudo, este não é o foco desse desabafo. É fácil apontar essas, insisto, atrocidades… Mas, sou ácida o suficiente para descer do salto (até o limite, é claro) quando o assunto é burrice, no que tange a preguiça do pensar. Se nos diferimos dos outros animais, porque pensamos, racionais dizem os estudiosos, cientistas, especialistas… Porque há os que não querem usufruir desse “dom”?
Devaneios eu aceito! Afinal, sejamos todos loucos com mundos paralelos. Contudo, burrice por preguiça, (porque falta de estudo e informação é ignorância) é intolerável.
Eis que alguém, sem pauta, sem um devaneio criativo, e com muita preguiça “cavalar” publicou que o Amapá supostamente não existiria.
Duvidou da linha do Equador, diz nunca ter ouvido falar de escândalos políticos por essas bandas. Terá sido impedido de assistir televisão também, nunca ouvir falar de Eike Baptista, mineradoras, Polícia Federal, CPI da pedofilia, lei da transparência, sequestros, tudo isso já teve aqui…
Com a capital banhada pelo maior Rio de água doce do mundo… Cuja fortaleza é patrimônio histórico e uma das sete maravilhas do Brasil. Aff, por favor! Que a intenção tenha sido para incentivar o Amapá a crescer como Estado, ganhar visibilidade, ter sua cultura assumida e propagada aos quatro cantos, sinto informar que a mensagem veio com ruídos e mexeu com os brios de muita gente. Tomo as dores em parte, sou gaúcha amante da minha terra e cultura, sou gaúcha em qualquer lugar, não esqueço minha origens, no entanto, não distribuo minhas opiniões – e tenho muitas - sem antes me certificar que a base para sustentá-las não são frágeis demais…
Sem mais delongas, a história toda se deu em função de um suposto jornalista, cheio de intenções das quais não se sabe bem quais eram, ter publicado em um jornal chamado O Popular, com circulação em Goiânia, e do qual nós moradores do Amapá, não conhecemos, mas não duvidamos que ele exista… “Amapá, uma abstração”, leia a matéria no site…
Para a minha frustração particular, não foi a intenção, nem tão pouco o fato dele ignorar a existência de um Estado da Federação Brasileira, mas verdadeiramente o fato dele se dizer jornalista. Trata-se de uma crônica, eu sei, nós sabemos.
Ele alega não conhecer ninguém que tenha nascido no Amapá, desconhece a musica local, a arte e a cultura. Cá estou eu há quatro anos e por mais que reclame dos choques culturais que ainda sofro, não me atrevo a dizer que não há cultura, eu sinto ela nos batuques do Marabaixo, naquela dança que me controlo para não pagar mico de tão envolvente que é… Dançar sem saber, não me atrevo… No girar das saias rodadas, temo a gengibirra. E se não há música brega? Por favor, o que é isso que nos tortura durante à noite na orla de Macapá? Os carros com alto-falantes brigando para ver quem toca o som ruim, mais alto.
Durante o dia, as filas intermináveis e só assim o são, por causa dos constantes “furos” e de cuidar para trás, é acreditem quem não sabe, no Amapá as pessoas informam que estão atrás de alguém e pedem que seu lugar seja preservado…
Acredito que leva-se muito tempo para conquistar um espaço… um lugar ao sol, construir uma imagem… e menos tempo ainda para destruí-la.
Já diria uma sábia amiga assessora que dividiu seus conhecimentos comigo sobre bastidores… “blogs são visitados, porém só quem tem nome, recebe comentários…”
Isso só acontece em Macapá capital do Amapá, um Estado em desenvolvimento, cheio de escândalos, com uma imprensa cujos jornais se espremidos derramam sangue, com uma força política tremenda conflitante para todos os lados, onde os diários eletrônicos tem mais credibilidade que a TV e os jornais impressos. Que tem uma capital onde administram dois prefeitos, ou melhor um prefeito e uma prefeita, esse absurdo só existe aqui…
E ainda tem alguém que diz que não existe! E Deus, existe?
quarta-feira, abril 7
O tempo foi bom comigo de novo
Já é tarde… estou exausta…
Porém, como prometido fiquei de contar como foi a gravação à noite, então lá vai:
Em síntese - O tempo foi bom comigo de novo! Uma correria daquelas, mas valeu a pena, eu gostei. Daqueles “gostei” de encher a boca para falar.
A minha turma cuidou de mim, com paciência e sempre atentos a todos os detalhes, como bons escoteiros, pelo menos a grande maioria. Mesmo quem não correu prá lá e prá cá, subindo e descendo escada colaborou de outras formas.
Por isso “gostei” com ênfase. E, no Dia do Jornalista trabalhamos bastante. Foi o jeito de comemorar da turma do sétimo semestre de jornalismo da Faculdade Seama.
(Dedicado à todos que desejam realmente ser jornalistas).
O tempo foi bom comigo
terça-feira, abril 6
Opiniões inúteis e a incrível capacidade de involuir
Poderia escrever sobre um monte de coisas, ou temas específicos. Ainda assim, seria a forma como vejo o mundo. Mesmo que seja do meu jeito tosco, é meu e daí? Dispenso as conveniências. Não tenho que agradar ninguém. Quanta gente pensa como eu?
Pensei em falar sobre o meu relacionamento com texto, mas já escrevi sobre isso um dia desses, imaginei que pudesse expor meu desejo de ficar um mês sem me olhar no espelho. Escrevi sobre isso também…
Que tal: Decepções, ou dez opções. Um discurso repetido, como os que ouço por todos os dias. Talvez em uma outra ocasião.
Falaria então, sobre feriados e dias santos. E poderia compactar em dez linhas, depois cinco, certamente em três, mas melhoraria se o fizesse em uma frase… Só que fiz isso hoje.
Falar sobre o quê?
Que tal sobre os vídeos dos anões em chamas, que meu namorado se deu ao trabalho de pesquisar, para que eu tivesse noção dos roteiros de comédia que fazem sucesso por aí… Muito bons por sinal, gostei mesmo. Vale a pena conferir o trabalho dos caras. Expande esse mundinho limitado, cheio de vazio no qual estou submersa.
Mas, acredito que não escreveria sobre isso, não gosto de comédia, já convivo com muita gente que acha que amontoar um monte de palavrões é a coisa mais legal do mundo. Dã! Dependendo da origem, percebo isso como uma grande babaquice, o contexto fica em segundo plano. Contudo, as pessoas são livres para serem babacas.
Defendo o direito de não concordarem comigo, mas a minha opinião é essa e ponto, um dane-se e acabou.
A dica é acessar outros cenários, se deixar levar por outras conversas. Fazer novas amizades, se desfazer de outras que não te acrescentam nada. O descarte faz parte do amadurecimento de todo mundo, para não dizer que só os fracos persistem em “involuir”. Entretanto, não conte seus segredos ao seu melhor amigo, ele poderá vir a ser seu inimigo mais perigoso.
Já escrevi aqui, apaguei e reescrevi, porém, quando a história que escolhi para contar estava interessante demais (sobre o meu critério, obviamente), lembrei que tem gente que não sabe ler. Benditas as infinidades possibilidades de interpretações, assim como os atos, são assimiladas a bel prazer.
Incrível, né?!
Esse espaço não é mais meu, apesar de manipulá-lo como quero. Não ligo se as pessoas me mandam recadinhos ou não. Cada um se expressa da forma que lhe convém, e os covardes também tem voz. É claro que corajoso não é só aquele que fala o que pensa, mas o que pensa. Isso se tornou cada vez mais raro, porque tem gente que pensa que pensa. Mas, só sabe refletir sobre o que os outros pensam e, desperdiçar oportunidades!
sábado, abril 3
Como treinar o seu dragão
(Não, essa não é mais uma história onde o Cavaleiro da Capadócia tem destaque).
Na verdade é sobre o novo filme da DreamWorks – How To Train Your Dragon, “Como treinar o seu dragão” dos mesmos diretores de Lilo & Stitch -Chris Sanders e Dean DeBlois (dá até para notar a semelhança no traço dos monstrinhos) -disponível no cinema do Macapá Shopping.
Sempre com uma linguagem subliminar bastante sutil, trata peculiaridades como necessidades especiais de forma bem natural. No cinema a reação das crianças (pelo menos na última sexta-feira, foi sem sustos, com ressalvas para a hora em que o dragão Banguela divide sua comida com seu novo amigo, foi possível ouvir vários “ecas” vindos da primeira fila).
A história se passa na ilha de Berk, na aldeia viking, onde os habitantes do lugar, têm sérios problemas com os constantes ataques dos dragões que aterrorizam aquela região.
O jovem Hiccup (protagonista) é um rapazinho franzino, excluído pela sociedade viking por não ser forte como os demais, porém, não menos destemido, e é exatamente por isso que arruma muita confusão.
Hiccup, precisa ser iniciado para ser reconhecido por seu pai e toda sua tribo. (Bacana quando ele fala umas três vezes quando fazem referência a “ele todo”, tanto negativa quanto positivamente). Somente com o desenrolar da história é que o expectador entende que se trata do “principezinho” viking, sem nenhum talento para a luta e, que rompe as barreiras do relacionamento preza/predador, quando faz amizade com o temido dragão Fúria da Noite.
O filme vale a pena, em nenhum momento a história fica chata. E, o final é surpreendente, daí a mensagem subliminar que falei no início do post. Apesar de acreditar que nenhuma sinopse estraga o prazer que temos de conferir com nossos próprios sentidos, não vou contar como termina, tá bom?
Em tempos onde amizades verdadeiras só se encontra mesmo no cinema, vale a pena assistir! Taí a dica de filme. Bjs
quinta-feira, abril 1
Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência
Com a partida do Mestre das Ilusões rumo à exploração de terras longínquas, os tripulantes da barca furada, sabiam que sua ausência seria sentida, no entanto, não imaginavam o quão difícil seriam as viagens vividas sem sua presença. Onde não poderiam mais contar com ele e seu inseparável amigo da capa preta.
Contudo, subestimaram os poderes do Mestre das Ilusões, que com sua poesia e maneira de encarar as aventuras em alto mar, nunca deixou transparecer que seu nome não era uma mera fusão de significados minuciosamente concebidos, não poderiam mensurar que ele ocultava as faces verdadeiras do pirata Bilíngue e do capitão Alma Negra, para manter a união e convivência pacífica entres os membros da embarcação.
Mal sabiam os tripulantes que, na verdade sem o Mestre das Ilusões à bordo, o pirata Bilíngue e o capitão Alma Negra, não passavam de ratos comuns, daqueles encontrados em qualquer porto imundo…
Pois, fora em uma dessas aventuras que a Piratinha e a Aspira, puderam constatar como os ratos - anteriormente conhecidos como pirata Bilíngue e capitão Alma Negra – reagem aos mais ínfimos estímulos. Cujos argumentos usados em suas respectivas defesas, rechaçam o hino pirata, o maior símbolo honorífico de los piratas de los bares. Engana-se quem pensa que pirata não tem honra, nem lei.
A história se deu, quando a barca furada resolveu seguir rumo a ilha de Páscoa, a tripulação fora composta pelo papagaio de pirata, capitão Alma Negra, pirata Bilíngue, Aspira e a Piratinha. Num carregamento de barris de rum, num cais qualquer, deram guarita para uma “alma nova”, que pôde dar o ar de sua graça. Naquelas circunstâncias toda a companhia seria bem vinda, pois com a vacância insubstituível do Mestre das Ilusões, o capitão perdeu completamente a noção de critério para novos membros, em primeira instância convidou para subir à bordo, uma piriguete velha, logo em seguida deixou-se seduzir por um pirata das antigas, cujo barco cheirava a novo…
A bandeira não tremulou antes da hora do diabo, e os piratas não foram capazes de perceber que isso era um mal sinal.
Os ratos imediatamente embarcaram no barco novo e, ignoraram totalmente a honradez que ainda lhes restava. Aspira, Piratinha e a convidada de alma nova, seguiram sozinhas rumo ao encontro do amigo “francês”.
Diante de tão indigna ação dos ratos famigerados piratas, a Piratinha arquitetou um plano diabólico para vingar-se dos golpes desferidos pelo pirata Alma Negra com a intensão de ferí-la mortalmente, todavia sem sucesso. Atitude esta, eleita pelo mesmo como diversão, apenas seu ombro esquerdo fora atingido.
Não seria nada inteligente desembainhar sua espada e apontar diretamente ao capitão Alma Negra, em sua forma de rato, afinal quem deixou de ser pirata foi ele, não ela. Não há honra em esmagar animais que não conseguem discernir o certo do errado. Preferiu privar-se de qualquer reação para melhor arquitetar seus planos de vingança.
Imediatamente ao golpe que fez escorrer seu sangue quente e vermelho, a Piratinha recordou das palavras de um outro capitão, pelo qual ainda sustenta profunda admiração:
Seu nome é Nascimento e, assim como a Piratinha, também acreditou ter escolhido mal suas companhias. Foi durante uma investida ao território inimigo, que capitão Nascimento advertiu o seu suposto sucessor, que pôs em risco a vida de seus comandados, numa ação suicida:
“Tira essa roupa preta, tira essa roupa preta que tu não é digno de usar essa farda, tu não é caveira, tu é moleque”, esbravejou indignado o capitão.
Essas palavras ecoavam na mente da Piratinha, enquanto recordava o significado dos símbolos piratas… E, se preparava para o confronto final com o capitão Alma Negra…
Distante ainda três dias do destino final, a ilha de Páscoa e, com o mar revolto, os piratas encaram uma tempestade... Antes do fim da viagem a Piratinha fora dada como morta, porém seu corpo não fora encontrado. Os tripulantes da barca furada ignoraram completamente o fato de que já haviam sido amaldiçoados à caminho da ilha…
O cavalheiro da Capadócia, nobre homem de bons sentimentos e que sente repugnância pelos interesses sórdidos,(com ressalva apenas aos “losângulos”) em sua armadura de metal azul, conduziu a “alma nova” até um lugar seguro e, as lembranças da Piratinha em terra, como homenagem póstuma…
(Será mesmo que a Piratinha terá tido um destino tão infeliz, sem antes fazer o capitão Alma Negra provar do seu próprio veneno? Que gosto terá o sangue de um rato?)
Saiba nos próximos capítulos…