O ponto e vírgula é uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto, esse ponto final, pior que isso é uma história sem fim, autores que abandonam obras. Inacabadas, jogadas pelos cantos, deixam vestígios de sentimentos…dúvidas, indecisões e uma solidão camuflada, daquelas que se sente mesmo acompanhada.
A coisa toda era mais ou menos assim:
Nua, sem armadura
Olhos sem brilho, garganta sem nó
Língua que fala, que cala, que lambe
…só por um instante, não estava mais só…
Olhos sem brilho, garganta sem nó
Língua que fala, que cala, que lambe
…só por um instante, não estava mais só…
Ele disse:
Era um e não estava só
Eram dois que faziam nós
A nudez que a armadura revela
Permanece enlouquecida diante da língua
A míngua
Querendo sede e água
Querendo brasa e calma
Querendo provar a si mesma
Como quem estremece pensando em sentir
A entrega plena e sutil
Violenta e viril
Que ali acontecia
Permanecia
Entristecia
Na embriaguês do sono
Ela disse
Vamos brincar
Vem vamos brincar
Vou mandar
Mandou
Brincou
A noite passa
O tempo agora dorme
Na esperança de acordar
Se o tempo dorme
O que acontece com ela?
Como ficam seus desejos?
Seus medos?
Seus olhos?
Seus sonhos?
Seu colo?
Ponto e vírgula nos separam;
Era um e não estava só
Eram dois que faziam nós
A nudez que a armadura revela
Permanece enlouquecida diante da língua
A míngua
Querendo sede e água
Querendo brasa e calma
Querendo provar a si mesma
Como quem estremece pensando em sentir
A entrega plena e sutil
Violenta e viril
Que ali acontecia
Permanecia
Entristecia
Na embriaguês do sono
Ela disse
Vamos brincar
Vem vamos brincar
Vou mandar
Mandou
Brincou
A noite passa
O tempo agora dorme
Na esperança de acordar
Se o tempo dorme
O que acontece com ela?
Como ficam seus desejos?
Seus medos?
Seus olhos?
Seus sonhos?
Seu colo?
Ponto e vírgula nos separam;
Ninguém prometeu nada, não há culpa nas projeções, só estão vazias, sozinhas…como têm que ser.
Autoria: H.Cortezolli e A. Brito