"O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém".- Hellen Cortezolli

sábado, julho 30

Ansiedade


Não adianta, trago comigo essa comoção aflitiva do espírito que receosa espera algo acontecer ou não. Talvez nem tanto de como, mas se acontecer. 

Hipóteses...

E, ele diz que não espera nada para não se decepcionar. Anos de terapia... Como se ajudasse. Não a essa altura do campeonato.

Melhor brincar com as palavras e tudo que vier a mente e imagens tomam formas, gostos, cheiros e cores. Isso é esperar por algo, não?

Sofrimento de quem espera o que é certo vir, mas o errado vem a cavalo e se apresenta sorridente, de alma limpa. Quem sabe seja só um encantamento e ao anoitecer se transforme em um monstro qualquer?

Não se é inimigo declarado sem estratégias, é preciso antes escolher as armas, há sempre fortes propósitos. E já não uso o sarcasmo como antes. Não vale a pena.

Essa minha impaciência denuncia minhas obviedades.
Meus cabelos longos e olhar pela manhã, meu jeito de olhar...ou evitar.

sexta-feira, julho 29

Universo Feminino e seus mistérios

Ando meio perdida em reflexões que variam do discurso filosófico, adaptado propositalmente a realidade feminina, argumentos considerados verdadeiros e o comportamento, e acredite o velho ditado "faça o que digo, não faça o que faço" cabe perfeitamente no contexto...

As divagações também viajam pelo preconceito e a discriminação quase de mãos dadas, acredito que um completa o outro. Na busca incansável (nem tanto assim) por conteúdo que ao menos seja capaz de reestruturar a falta de lógica, encontrei mais uma oportunidade de capacitação: Jornalismo Feminino*

Estou trabalhando com uns textos que abordam interesses do público feminino e me vi um tanto desconfortável como leitora, mulher e principalmente ser humano. Algumas especificidades caem na deturpação, coisa que a meu ver complica mais ainda a discussão. Fica simples orquestrar uma oratória reles, mas totalmente sem fundamento... Aff, e como cansa ouvir, ler e pensar nessa conjuntura!

O jeito é embasar... asssim (*) curso será dia 16/08, on-line, com duração de 3h, e investimento de R$ 90,00 Apresenta em sua proposta técnicas do jornalismo feminino para ser utilizado em revistas e sites, diferenças na hora de pensar o produto editorial, elaborar as pautas, até finalmente realizar  as reportagens. 
#Fica a dica

Enquanto isso tento me achar nesse enredo todo.

quinta-feira, julho 28

Para você que não se contenta com pouco

O bom profissional é aquele que não se contenta em ser bom, ele quer a excelência... 

Clique na imagem
Não foi por acaso que encontrei esse site, há dias busco cursos e uma injeção de ânimo na área da comunicação, tudo para não me deixar levar pela mesmice.

Encontrei algumas oportunidades de capacitação no site do Cursos Educar, com preços bem acessíveis, outros gratuitos, o de Jornalismo Científico, por exemplo, gostei de todos e por isso resolvi compartilhar.

O curso de Jornalismo On-line e Mídias Sociais têm duranção de 1 mês e o investimento de R$ 100,00 cada, com tutores premiados nas respectivas áreas. Realizados na modalidade à distância, com entrega de certificados para o aluno que completar todos os módulos.
 
Então, fica a dica para naveguar no link e escolher melhorar... Investir em si mesmo, nunca é demais. ;)

sexta-feira, julho 22

A..B... sinto...

“O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha. 

O nome da estrela é Absinto; E a terça parte das águas se tornou em absinto, e muitos dos homens morreram por causa dessas águas, porque se tornaram amargosas.”

 Apocalipse 8:10-11

(In) Diferença

Não sei bem o dia em que fui com os colegas numa manhã igual as outras, até o local indicado... 
Precisava cadastrar minhas digitais... E lá foi o martírio de sempre, o mesmo encontrado na catraca da faculdade, na hora de retirar a Carteira de Habilitação e de registrar a entrada e saída do trabalho. 

Esbarro sempre no lance da biometria... 
Tenho feito rodeios eu sei... Mas, não quero mais ser direta como sempre. 
Resumão, hoje fui até o cartório para solicitar um documento que autorizasse outra pessoa a registrar a digital em meu lugar, essa outra pessoa será meu velho pai, rsrs. 

Ele inconformado com a situação, já que a moça do cartório disse não saber de que documento eu precisava e me ofereceu justamente os serviços que não atendem a minha urgência, a biometria, rsrs. Tenho que rir para não chorar.

O fato é  que aproximadamente 3 mil pessoas no mundo tem esse defeitinho genético raríssimo, que impede a formação das digitais. E de acordo com a wikipedia: a probabilidade de um bebê nascer com esse problema é cerca de um em cada 3 milhões. E adivinha quem tem digitais tão finas que nem a tal da biometria consegue ler?? 

Pois é, o nome dessa raridade é síndrome de Nagali e diante dessa dificuldade, o jeito é arrumar logo um leitor de íris portátil, rsrs. Não foi por falta de oferecer os dedos dos meus membros inferiores, mas as pessoas responsáveis por cadastrar as digitais nesses lugares que já citei, me encaram como se vissem um E.T, me resta rir. 

Ah, exceto o último, que respirou fundo e ficou furioso porque o aparelho não reconhecia minhas digitais, isso mesmo, sempre são os dez dedos das mãos cadastrados e sem sucesso. 

Amanhã retorno a peregrinação com o documento em mãos para finalmente me cadastrar... eu acho. :)

PS - Ainda tem idiota que acha que tenho necessidade de ser diferente, fala sério! Preciso disso? hahaha 
Eu sou tá, desculpa aí.

quinta-feira, julho 21

Dar um tempo

Preciso de um tempo para mim, e até que consiga estar no controle novamente...

Descobri que não sinto tanta falta, posso viver sem...
Isso estava me enfraquecendo, como em qualquer outro vício.

Desliguei. É claro que em alguns momentos bate aquela loucura, faz parte do período de abstinência... falta alguma coisa...
Mas, sei que consigo, ficar longe... :)

sexta-feira, julho 8

O que é dos outros


A primeira vez que peguei um plágio estava junto com outra colega muito querida a frente de um jornal experimental, a minha tristeza foi tão grande, que tive vontade de chorar. 

Pensei por alguns momentos como alguém que teoricamente recebia as mesmas informações que eu, por intermédio de profissionais capacitados e uma faculdade cara, os ensinamentos do que não fazer dentro do jornalismo. Aquilo pesou tanto, que me encolhi na condição de aluna (e leia-se sem luz) que encaminhei o problema a professora, ela que resolvesse chamar o cara de pau do plagiador, e alertá-lo que ninguém ali era bobo.

O tempo passou a faculdade foi concluída... E os plagiadores se multiplicaram... (talvez no meio, o todo sempre existiu e eu não tinha tanto acesso), tem para todos os sexos, religiões, classes sociais e estilos.

São verdadeiros vampiros, sugam tudo que há nas revistas, sites, jornais, blogs e nem os papéis de bala escapam. Como se fosse informação exclusiva. Ora, se somos jornalistas é obrigação ler de tudo e reconhecer maneiras de escrever.

Apesar da pouca experiência, me dou ao luxo de identificar vez ou outra com facilidade até, sei de onde possivelmente um texto foi todo plagiado, ou apenas fragmentos... Dá uma tristeza tão grande, como se um buraco no peito pudesse ser aberto com os dedos.


Percebo minha limitações milhares de vezes ao dia... Vejo coisas inteligentes outras tantas milhares e reconheço que seria inábel... Porém, quando algo assim cai no meu colo, é uma sensação de perda tão grande:

#De tempo, porque cada segundo é único, as horas passam e se não lhe dedicamos a atenção merecida, não voltará mais.

#De vida, é menos um dia de vida e respeito pelo ser humano, já que nem sempre sei de quem se trata. Consideração nunca é demais.

Essa deferência que menciono é mútua, ou pelo menos, deveria ser. Quem não me respeita acredita piamente que vai conseguir me enganar.  Será excesso de autoconfiança?

Será o meu tamanho, meu sexo, meu cabelo, meu rosto, as roupas que uso? Será que aparento tremenda inferioridade intelectual para ser vilipendiada dessa maneira, ou de outra?

Devo me afogar em puro vício, para esquecer de lembrar por mais tempo desse suplício. Independente de qual setor. Dois dias antes desse fiquei por horas e horas procurando meu futuro até que encontrei. 

Contudo, quanto mais forte o baque, mais forte me levanto, lógico que a queda dói, mas enquanto não me matar... Outra manhã... E, vou para casa respirando um ar tão leve quanto aquele que me levará para longe e finalmente quando eu voltar jogarei meu futuro na cara do presente que encontrar, para finalmente ser boa o suficiente.

O sabor do perfume


Um dia antes dos anteriores até esta data.

Era para ser um resgate do meu eu, meio perdido assim, quem sabe... Mas, eu gosto dessa perdição toda e, saí a esmo. Durante o trajeto lembrei que da última vez que havia feito isso sozinha lá se iam muitos meses... Ontem foi especial.

O clima ameno e aqui isso é raridade, ventava forte até... Um rastro de folhas serpenteava o ar, e até parecia alguém por ali, quem sabe até para me fazer companhia. Havia perfume de jambo pelas ruas, essa fruta regional me lembra o gosto de rosas vermelhas, principalmente a casca, a parte de dentro suculenta e carnuda translúcida, é um azedo meio doce. Sabor sem comparação...

E, percebi o avançar das horas, enquanto meus passos eram movidos em um ritmo muito mais lento, como se ao mesmo tempo não estivesse ali e, se fosse outro lugar eu veria a noite cair mais rápido...

Pensei em como não pensar em nada. 
Vi carros capotados, gente apressada. Notei os intermináveis momentos de solidão, quando há milhares de pessoas ao redor e que bom que não terminavam. Rostos estranhos, mas sem nada de esquisito.

Aquela sensação de invisibilidade me levou para um lugar muito melhor que minha zona de conforto. Fiquei mais forte.

Agora já sei para onde vou e o que irei provar.

quinta-feira, julho 7

Evidências desconstruídas

Me deparei com provas da desconstrução contínua das ideias que tive ontem. Das impressões que mexeram com meus brios e valores.

Li um texto cheio de emoções, não sei se foi escrito com tantas as quais pude observar... Mas, havia muita emoção, dessas de imergir numa história o suficiente para imaginá-la acontecer, para recordar mesmo que vagamente do que havia sido escrito.

Era isso que tanto procurava.

Sentimento maior ainda de chegar ao fim do texto sem esperar ansiosamente pelo desenlace da trama e ficar com aquele gosto de quero mais, de fato querer.
Havia quanto tempo?

Não obstante busquei um texto antigo que me fere muito, ainda fere. Quando li a primeira vez imaginei que falavam sobre mim e logo quando pensava até que eu não existia naquela história. Mas, já era uma intrusa. 

E, talvez por isso doa tanto. O reli hoje, quase um dia e meio. Vi minhas feridas abrirem e sangrarem o suficiente. Existia naquelas linhas bem mais que o menosprezo, os argumentos construídos para desvalorizar quem sou usava de premissas racionalizadas com o intuito de convencer, mesmo que a mensagem subliminar fosse despeito ou ciúmes.

Doeu por ser aprendiz, dói ainda porque parece que continuarei a ser... E nunca boa o suficiente.

quarta-feira, julho 6

Inquietação da escrita

 

Se fosse uma doença... O médico analisaria, levaria as mãos e de leve cutucaria os óculos, respiraria fundo e daria tudo como perdido, em estágio terminal. Tocaria no ombro como se isso fosse consolo, e não uma atitude meramente convencional na tentativa de demonstrar humanidade.

Mas, falta de paciência não é doença, é praticamente outra personalidade ou pior, traz em seu âmago o peso de ser fome, sede, necessidade básica ou trivial... De vivência ou resistência, em um período de tempo diferente dos demais. Essa inquietação não finda com poucas palavras, muito menos com milhares delas...

Não tenho tido paciência, para escrever, para perceber e analisar textos sem sentimentos, milimetricamente construídos, mas sem o básico da escrita... A ausência total de provocações que as pontas dos dedos traduzem de tudo que foi apreendido durante o dia, na íris, pelos lábios de outros lábios, nos abraços e apertos de mão educados.  

Não há nada lá.

Superficialidade é insuficiente. E a quantidade de dizeres que se adequam a essa conjectura são tão volumosos que destroem qualquer tentativa de estudo, crítica ou avaliação.

Como se não bastasse o emaranhado de palavras que nada constroem, ainda tem os gestos vazios, as atitudes medíocres, os discursos repetidos, as frases de outros autores, as piadas sem graça que alguém tão sem graça quanto, se deu ao trabalho de reproduzir e assim sucessivamente. 

Chega ao ponto de faltar oxigênio, e o cérebro envia comandos ao restante do corpo, traduzidos em espasmos que não permitem o corpo descansar.

As noites seguem como torturas constantes e infindáveis e durante o dia... Tudo isso outra vez.

Imbróglio

O silêncio do meu silêncio
Situação confusa, complicada, que mais parece peça de teatro...
Uma coisa assim... e mais nada.
Sem definição, nem formato,

Ausência de ordenação,
Embaraço, nada metódico.

E se alguém vir meu espírito perdido...
Não o incomode...
Deixe-o por aí!