A primeira vez que peguei um plágio estava junto com outra
colega muito querida a frente de um jornal experimental, a minha tristeza foi
tão grande, que tive vontade de chorar.
Pensei por alguns momentos como alguém
que teoricamente recebia as mesmas informações que eu, por intermédio de
profissionais capacitados e uma faculdade cara, os ensinamentos do que não
fazer dentro do jornalismo. Aquilo pesou tanto, que me encolhi na condição de
aluna (e leia-se sem luz) que encaminhei o problema a professora, ela que
resolvesse chamar o cara de pau do plagiador, e alertá-lo que ninguém ali era
bobo.
O tempo passou a faculdade foi concluída... E os plagiadores
se multiplicaram... (talvez no meio, o todo sempre existiu e eu não tinha tanto
acesso), tem para todos os sexos, religiões, classes sociais e estilos.
São verdadeiros vampiros, sugam tudo que há nas revistas,
sites, jornais, blogs e nem os papéis de bala escapam. Como se fosse informação
exclusiva. Ora, se somos jornalistas é obrigação ler de tudo e reconhecer maneiras de escrever.
Apesar da pouca experiência, me dou ao luxo de identificar
vez ou outra com facilidade até, sei de onde possivelmente um texto foi
todo plagiado, ou apenas fragmentos... Dá uma tristeza tão grande, como se um
buraco no peito pudesse ser aberto com os dedos.
Percebo minha limitações milhares de vezes ao dia... Vejo coisas
inteligentes outras tantas milhares e reconheço que seria inábel... Porém, quando algo assim cai no meu colo, é uma sensação de perda tão
grande:
#De tempo, porque cada segundo é único, as horas passam e se
não lhe dedicamos a atenção merecida, não voltará mais.
#De vida, é menos um dia de vida e respeito pelo ser humano, já que nem sempre sei de quem se trata. Consideração nunca é demais.
#De vida, é menos um dia de vida e respeito pelo ser humano, já que nem sempre sei de quem se trata. Consideração nunca é demais.
Essa deferência que menciono é mútua, ou pelo menos,
deveria ser. Quem não me respeita acredita piamente que vai conseguir me
enganar. Será excesso de autoconfiança?
Será o meu tamanho, meu sexo, meu cabelo, meu rosto, as
roupas que uso? Será que aparento tremenda inferioridade intelectual para ser
vilipendiada dessa maneira, ou de outra?
Devo me afogar em puro vício, para esquecer de lembrar por
mais tempo desse suplício. Independente de qual setor. Dois dias antes desse fiquei por horas e horas procurando
meu futuro até que encontrei.
Contudo, quanto mais forte o baque, mais forte me levanto, lógico que a queda dói, mas enquanto não me matar... Outra manhã... E, vou para casa respirando um ar tão leve quanto aquele que me levará para longe e finalmente quando eu voltar jogarei meu futuro na cara do presente que encontrar, para finalmente ser boa o suficiente.
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