"O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém".- Hellen Cortezolli

quarta-feira, setembro 28

UNIFAP lança rede social



O construtivismo social enfatiza o aprendizado das pessoas para melhor interagirem umas com as outras, a partir dessa fundamentação, o Grupo de pesquisa "Tecnologia, Educação e Aprendizagem" - TEA participou do Edital nº 015/2010, CAPES e, aprovou o Projeto Unifap/NING: Rede Social da Universidade Federal do Amapá. 

A iniciativa consiste na implantação da Rede Social da UNIFAP que integrará todos os cursos de graduação ofertados pela Instituição, no qual  professores, alunos e técnicos administrativos terão seus perfis na rede social.

A rede social englobará diversas ferramentas da web 2.0 como Blogs, fórum, grupos, além de postagem e incorporação de vídeos, imagens, apresentações e textos. 

O lançamento oficial do Projeto Unifap/Ning: Rede Social da Universidade Federal do Amapá acontecerá no dia 10 de outubro de 2011, às 16h, no Anfiteatro da UNIFAP.

Carlos Henrique Chagas dos Santos
Coordenador do Projeto Unifap/Ning: Rede Social da Unifap

Elda Gomes Araújo
Coordenadora do Grupo TEA

Fonte: Assessoria Especial da Reitoria
3312-1704

segunda-feira, setembro 26

Quando a criatividade pede licença para se retirar

Cessação de ruído improdutivo,
O calar por falta de vontade ou motivo...

Um reencontro inesperado com o que não foi dito,
O silêncio...


Provocado, solicitado, incompreendido,
Desejado, explicado e bem vindo...


Na solidão da alma, o silêncio é quem mais fala.
Seu discurso é quase um conter e interrompe a comunicação.
Um olhar, para dispersar até onde for possível o alcance da voz...

E nós?
Nada a declarar!

sexta-feira, setembro 23

As oscilações dos sete dias consecutivos

Ainda é cedo para fazer o balanço da semana. Mas, os pensamentos gritam por espaço na correria das horas, que só querem passar em seu próprio ritmo.

Pautas, cobertura de eventos, reportagens, perfis e o olhar, sempre o olhar que serve como termômetro para saber quando os ouvidos precisam ser explorados um pouco mais.
A criatividade tem dado voltas solitárias por Deus sabe onde. E sinto que a alma já não divaga tanto. Talvez esta última me faça ainda mais falta.


Tenho saudades galopantes de fotografar, mas vou providenciar o sacio dessa necessidade em breve.
Ah, as viagens! Dessas preciso todos os dias, caso contrário teria murchado como flor que não é regada.
Toda vez que passo em frente à faculdade, não sinto nenhuma saudade. Pelo contrário é uma sensação ruim. Mas, fico com vergonha de pedir para o pai não passar por aquela rua... Contudo, anseio por mais conhecimento.

quinta-feira, setembro 22

Presentes das blogueiras do Ideia²


 
Hoje recebi esse presente muito fofo das meninas do blog Ideia². Esse selo lindo. 
Muito obrigado @WelenMedeiros @IlmaraRibeiro.

segunda-feira, setembro 19

Viva a revolução!

Aos amigos que fiz de todos os cantos desse mundo, peço licença para festejar a história que trago em minhas veias e o orgulho que não escondo. Saúdo o povo da minha nação, porque antes de ser brasileira, sou gaúcha!

Hino do Rio Grande do Sul

Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade

Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo

Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra



Hoje na minha terra é feriado, mas mesmo distante, comemoro como se estivesse lá. ^^

sábado, setembro 17

As vidas de uma vida

Um verso de vários.
Por alguns instantes, os pensamentos se conectam e constroem teorias difíceis de acreditar, porém, se de alguma forma fazem sentido, acreditar é uma questão de tempo.
Num período não muito distante, eu costumava dizer que sou muitas mulheres em um modelo compacto, é assim que me descrevia... Ter várias vidas em uma única. Ter acreditado que minhas decisões e opções me conduziram a ser a pessoa que me encaro no espelho hoje.

Mesmo que no momento seguinte tenha sido capaz de aprender algo novo e portanto, me sentir diferente. Eis uma nova Hellen, sob a pele e com o mesmo DNA da anterior, todavia, díspar e por essa razão, única.

Nesse contexto aparentemente motivado por alguma influência superficial da teoria quântica mais rasa que já foi possível assimilar, pensar que a existência de um universo paralelo não parece ser algo tão inadmissível assim. E, se houvesse mais de dois? Se não fosse resumido a apenas duas versões, a boa e a ruim?

Não sou uma pessoa totalmente boa, ou ruim na totalidade, ninguém o é. Logo, como seriam as outras variantes de mim?

Numa propaganda de prevenção a AIDS antiga, mas que ainda lembro. Havia uma cena em que um coração era talhado em uma árvore com o nome dos amantes, em seguida surgiam outros nomes... A conclusão era de que um dos dois havia “amado” muitas outras pessoas.

Não há nada de incomum no exemplo, cuja moral era de que todos deviam antes de amar alguém, amar a si mesmo e, usar preservativo e evitar a AIDS. Enfim, o foco do tema não é bem este, mas apenas as vidas que somos capazes de vivenciar nessa mesma vida.

As relações perecíveis, as pessoas que fomos diante de algumas situações, inusitadas ou não. Escola, trabalhos, lazer, amigos, inimigos, lugares... Fizemos escolhas que geraram consequências, positivas ou negativas. Ainda assim, não nos damos por satisfeitos e desejamos uma vida após esta. Depois de todas as que vivemos.

Há vida pós-morte?
Quantas mortes? O que é a morte? A morte física, a intelectual, a romântica?
O sol morre, dorme, descansa? A lua vai embora, volta, renasce, retorna?

Vida, morte. Morte, vida. O sol nasce e morre, a lua nasce e morre. Ao dormirmos morremos para esse dia e renascemos para o seguinte. E, seguimos sempre insatisfeitos. Querendo sempre mais. Às vezes esquecemos que talvez não haja o próximo dia, noite, chance...

De repente, este universo, com interferência de outro, ou não, conspira para que voltemos ao início de um ciclo. Se fizermos uso da lógica e formos capazes de percebermos este giro, podemos interpretar como algo que não foi concluído, e por isso precisa ser terminado.

Por outro lado, nos sugere que as vidas que vivemos nessa vida, foi para que aprendêssemos a dar valor, ou a nos comportarmos de maneira a usufruirmos de fato da felicidade, ao invés de sermos cegados pelo ceticismo e buscarmos incessantemente pela felicidade que esta ali, diante de nós, mas somos incapazes ou indignos de ver.

Então, o que visivelmente pudesse nos insinuar apenas mais um ciclo, ou experiência a ser vivenciada plenamente ou não, na verdade é a única história que vivemos.

Louco isso não?! E, quem definiu o que é loucura ou sanidade?

segunda-feira, setembro 12

Autoanálise e os desafios de admitir os porquês

Quando um problema gera reflexões tão profundas que a única alternativa é falar, para dar início ao processo de admissão da própria responsabilidade perante as escolhas que fazemos, é hora de compartilhar.

No início pode parecer apenas com a necessidade de exteriorizar, mesmo que no fim não dê em nada.
Vejamos, numa conversa com um amigo com quem não vejo problema algum em falar o que penso ou sinto, dividi minha insatisfação com meu comportamento perante os últimos acontecimentos, e neles destaco a ansiedade que me desgasta brutalmente. É quase um cansaço físico.


As coisas demoram a acontecer, o tempo custa a passar e minha expressão se modifica. Se de algum modo digo o que penso e espero as reações, por outro lado independe da aprovação ou consentimento de alguém, porque se eu tiver vontade, farei mesmo assim, sobretudo no campo particular.

Considerando essa visão num contexto macro, identifiquei que o que não me faz bem, não dura muito tempo. Me desfaço facilmente de coisas assim. Usufruo tranquilamente do descarte, o que não me serve mais, não ocupa espaço nem meu tempo, itens de sobrevivência imprescindíveis.

No fim de semana, li uma frase que marcou: “Pelo menos 70% das atividades devem satisfazer o profissional, os 30% restantes são inerente a qualquer organização” daqui óh. A frase martelou tanto que levei para as relações pessoais, logo, é preciso estar satisfeito 70%, os 30% restantes são as diferenças, que mantém o equilíbrio de uma relação. 

É impossível permanecer tanto tempo com alguém que apenas concorde e ninguém é assim tão sádico que queira semear a discórdia o tempo todo...
Enfim, quanto à avaliação do meu amigo sobre mim, foi a forma com que ele me vê, “... muito independente... isso às vezes é bom, você quer alguma coisa, vai e faz. Por outro lado, assusta” disse depois de me ouvir.

Sempre quis que alguém me dissesse o que há de errado comigo. Pronto, me disseram. O pior é que não vejo isso como algo ruim... E olha que me vejo dependente às vezes. Só não me submeto.
Tanto numa situação de relação pessoal, quanto na profissional penso dessa forma, se algo não me faz bem, é hora do descarte.

E, hoje estou de péssimo humor, dia de ficar por mais tempo possível calada!

sábado, setembro 10

A origem... no meu olhar

Não sei bem como...só sei olhar.

 
O que vejo muitas vezes não me parece confuso, não é preciso focar. 
Meu olhar já é seletivo. 
Quando percebo, já vi, registrei... a mim faz muito sentido.

quinta-feira, setembro 8

Um dia... até a exaustão

Duvido sempre...
Depois de um dia estranho, não senti passar, não senti me engolir. Senti só tontura... no descer das escadas, passava das cinco da tarde.
Acho que foi adrenalina demais. Mas, resolvi tudo. Terminar o dia com o dever cumprido, parece mentira. Enfim, venci mais um dia... Apenas mais um.

Ainda sentindo um vazio, talvez aquele que não foi preenchido pelas respostas que esperava no e-mail. Muito tempo atualizando a tela e nada. E, costumo responder o mais rápido que posso, por que então não recebo as respostas?
Desisto de pensar a respeito. Depois do jantar, tomei alguns goles de vinho (aprendi a apreciar... talvez não. Quem sabe seja para sentir o sono chegar mais depressa).

Amanhã começar do zero. Falando assim me sinto como os personagens de vídeo game, com a barra de energia por preencher e todos os obstáculos por desbloquear.  Nerdices afinal!
Sei que exijo muito de mim, não sei ser diferente. Temo nivelar pela mediocridade e temo mais ainda o tempo. Sempre o tempo!

Apesar de tudo, não sinto que fiz o melhor, fiz o possível. Dez minutos relativos para um spot de 30 segundos? Como assim? Apenas faça. Fiz e agora? A sensação não foi embora.
O Boletim Informativo? Aquele título, aquela diagramação, aquele prazo. Chega de pensar no assunto.

Acadêmicos da UNIFAP recebem Restaurante Universitário

A Universidade Federal do Amapá (Unifap) entrega nesta sexta-feira, 9, às 10h, o Restaurante Universitário (RU). O prédio ocupa área de 1.300 m² e tem capacidade para atender até 320 pessoas sentadas. De segunda a sexta-feira, serão oferecidos diariamente 650 almoços, no horário das 11h às 13h30. O RU vai atender acadêmicos e funcionários da instituição, além de trabalhadores de empresas terceirizadas que prestam serviços para a Unifap.

A obra custou cerca de R$ 2,5 milhões divididos entre a parte física e de equipamentos. O atraso de um ano na conclusão dos serviços ocorreu devido problemas burocráticos. Parte do dinheiro previsto em emenda parlamentar não foi liberado e a Unifap teve que buscar meios junto ao Governo Federal para obter os recursos necessários para o término do RU.

"Apesar de todas as dificuldades, a Unifap possui seu próprio restaurante com apenas 21 anos de criação. No Brasil, várias universidades, com mais tempo de existência, ainda não têm um RU", afirmou o pró-reitor de Extensão e Ações Comunitárias (Proeac), professor Steve W. de Araújo. Além de facilitar à alimentação, o RU também contribui para a qualidade de vida dos acadêmicos. 

Restaurante Universitário Foto: Kleber Soares

Com a inauguração do restaurante, a Unifap não vai apenas garantir o acesso dos estudantes à universidade, também vai possibilitar a permanência e a conclusão dos estudos desses. Quatrocentos alunos de baixa renda foram cadastrados para isenção total no almoço. Os demais pagarão R$ 1,50 e funcionários R$ 4,25.  "Neste primeiro momento o RU vai atender apenas à demanda do almoço. Brevemente nós vamos oferecer o jantar", garantiu o professor Steve Araújo.

Bolsistas que trabalham em um horário e estudam no período subsequente, e estudantes de cursos que funcionam em horário integral também comemoram a entrega do Restaurante Universitário. Para esses jovens é muito penoso ter que trabalhar, ou estudar, ir para casa e retornar à universidade. A bolsista do 4º semestre do curso de licenciatura em história, Rayane Celestino, enumerou como principais vantagens a economia de tempo e dinheiro.

Rayane Celestino estuda pela manhã e estagia à tarde na Unifap. "O preço da passagem de ônibus, ida e volta, para almoçar em casa fica acima do valor para almoçar no RU. E ainda aproveito na biblioteca o tempo em que estava dentro de um ônibus", disse a estudante. Serão R$ 0.80 economizados diariamente no horário de almoço a partir de sexta-feira.

Doze pessoas, entre nutricionistas, cozinheiros e auxiliares de cozinha irão trabalhar no preparo dos alimentos.  Esses profissionais passarão periodicamente por treinamentos específicos as suas áreas de atuação, incluindo relações humanas e higiene no trabalho, para aprimorar cada vez mais a qualificação profissional. Segundo o professor Steve de Araújo, o RU da Unifap tem estrutura para atender a comunidade acadêmica pelos próximos 10 anos.  Após a solenidade de inauguração, será oferecido almoço gratuito a todos os presentes.

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Kleber Soares
Assessoria Especial da Reitoria 
3312-1704

terça-feira, setembro 6

segunda-feira, setembro 5

Música de hoje - Só porque é segunda-feira



Bad Things - Jace Everett - Tradução 


Coisas más
Quando você entrou o ar foi embora
E toda sombra se encheu de dúvida
Eu não sei quem você pensa que é
Mas antes que a noite acabe,
Eu quero fazer coisas ruins com você.

Eu sou do tipo que fica acordado a noite inteira em seu quarto
Coração doente e olhos cheios de tristeza
Eu não sei o que você fez comigo,
Mas eu sei que esse tanto é verdade:
Eu quero fazer coisas ruins com você.

Quando você entrou o ar foi embora
E toda sombra se encheu de dúvida
Eu não sei quem você pensa que é
Mas antes que a noite acabe,
Eu quero fazer coisas ruins com você.
Eu quero fazer coisas realmente más com você
Ow, ooh

Eu não sei o que você fez comigo,
Mas eu sei que esse tanto é verdade:
Eu quero fazer coisas ruins com você.
Eu quero fazer coisas realmente más com você.

domingo, setembro 4

Meias verdades ou mentiras inteiras?

Meu relacionamento com a escrita, por vezes já falei sobre isso... Na ocasião me referia a uma relação meio problemática, não muito diferente das relações pessoais. Às vezes me faz refém, outras é quase como um vício.

Tive momentos em que não pude escrever, não sei se a ação me ajuda a organizar os pensamentos, se na busca da construção das frases meus problemas diminuem, ou percebo outros ângulos da dificuldade, só sei que preciso tanto disso quanto do ar que respiro.

Escrevo muito, textos enormes que acabam na lixeira, em pedaços de papel que perco em meus bolsos, no bloco de anotações sempre a mão, nos milhões de arquivos que acabo por excluir.

Mas, escrevo. Durante as madrugadas já despertei de um sonho que foi traduzido em outras formas, contos, poesias mal feitas, textos revoltados, meus sentimentos mais íntimos e que nunca serão divididos, enfim... Havia muito mais de mim neles, naquelas linhas, do que as frases que costumo proferir.

Mesmo quando aparentemente tenho intimidade. Me recordo de um tempo em que escrevia cartas. Nas muitas mudanças que fiz na vida, em razão do trabalho do meu pai e nos mudamos para um lugar, em que odiava tudo, até o clima. Foi por meio de uma carta que consegui descrever o tamanho da minha aflição.

Cartas... Não as escrevo mais.  Contudo, escrevia muitas histórias verdadeiras, outras unilaterais, muitas linhas foram direcionadas, algumas perderam o sentido, outras ganharam consistência.  Talvez ainda continuem sendo unilaterais.  Meias verdades ou mentiras inteiras?

Não sei ao certo o porquê do texto de hoje. Me sinto quebrada, algo dói e não sei bem o porquê. Triste isso!
No fundo, somos todos incongruentes, dizemos o que queremos e o que não queremos. A incongruência está na nossa capacidade de mudar de ideia. Não me opus à mudança alguma, às vezes me pergunto: O quanto posso e quero mudar, ou por que eu mudaria?

Por hora de mim, não sei.


sábado, setembro 3

Superpoderes, ceticismo e outras considerações

Só mais um dia da semana cheio de afazeres profissionais. No caminho até cumprir outra missão. Me perdia em mil pensamentos furiosos. Eles brigavam entre si, todos queriam falar ao mesmo tempo, acontecer na mesma hora.

Saí do carro, passei pela porta de vidro, me anunciei na recepção, a atendente sorriu e mandou que eu subisse, dois lances de escada, virei a esquerda, puro instinto... Mal sabia onde era, mas era simples seguir as placas de identificação.

Depois da porta uma sala estreita e comprida, quase claustrofóbica, senão fosse o ar condicionado na potência máxima. Um sofá três lugares, ao fundo a escrivaninha da outra secretária. Alguns barulhos além dos pensamentos verborrágicos... Cheios de indagações.

A atmosfera da sala tinha algo além do desconforto por eu ser a estranha, apesar de já me esperarem. Eis que surge não sei bem por que, histórias de todos os tipos, desde o início.

Sobre a escolha por estarem ali... Isso despertou meu interesse e não fitava mais o bloco de anotações, o dedo descansou e não estava mais tão pronto a pressionar o REC no gravador.

Olhava os olhos de todos os que ali permaneceram bem mais que eu e, por alguns instantes fiz da minha invisibilidade impossível, uma aliada importante. Os observar me atribuía poderes que não sabia que tinha superaudição, por exemplo. Para ouvir até as palavras ditas entre os dentes e superimaginação para construir em minha mente os cenários descritos com tantos detalhes. Achei meus personagens...

O mais falante deles me questionou tanto que por um momento me senti como o próprio raio laser e não era para ser assim, pensei o que havia me denunciado? Por que a figura interessante passava a ser eu? Aff meu sotaque me denunciou...

A teia toda se deu no instante em que me perguntou se eu acreditava em destino. Os pensamentos que até então eram mais falantes que eu, cessaram e pensei:

Droga! Justo agora ele me pergunta isso. Nessa fase em que o destino me deu uma volta?

Respirei fundo e respondi:

“Sempre fui muito cética para essas coisas, mas diante das últimas circunstâncias na minha vida, não posso mais repetir que o destino é a gente que faz, apesar de sermos responsáveis por nossas escolhas”.

Será o fim do meu ceticismo? No que acreditar?


Depois da entrevista, que foi tranquila. Senti que saí daquela sala cheia de riquezas. Tão subsidiada que o tempo finalmente poderia parar.

Mais tarde em casa, exausta. Sim, porque cada um tem um ritmo e o meu não é dos mais acelerados. Recebi a visita de uma amiga que há tempos não via, e tínhamos muito que conversar. O tempo foi proveitoso, o papo também, contudo percebi que essa cobrança por algo mais não era coisa só minha. Todo mundo quer bem mais. E sempre de algum modo, acaba por ficar frustrado, talvez seja culpa da ilusão. Talvez não.

Ceder, recomeçar, dedicação, ambição, delicadeza, fé, amor. Essas palavras ecoaram...

Sentir ou experimentar com alguma intensidade


“Agora, minhas respostas sobre quem sou eu não satisfazem ninguém. Porque o melhor e mais honesto que posso oferecer ao meu interlocutor são mais pontos de interrogação.” Eliane Brum – Trecho retirado da coluna A prisão da identidade da revista Época.


Engraçado o tweet ter me chamado tanta atenção nesse sábado, onde fico mais tempo no meu quarto em cima da cama, revisando textos e vasculhando coisas interessantes na internet, que me levem para longe daqui. 


Era apenas mais um link de divulgação de profissionais que respeito e costumo acompanhar... Não, era bem mais que isso. Se tratava de uma conversa... que eu gostaria de ter. E, tive.


Meu texto anterior falava de rótulo, não com tanta coerência como o da profissional em questão, mas ainda vivo essas indagações e quando li a coluna da Eliane, entendi exatamente o que ela dizia, logicamente que adaptada a minha realidade. Não quero comparar a experiência da jornalista que tem anos luz a minha frente, profissionalmente falando e como mulher que viveu bem mais, mãe, esposa, profissional e humana... Essas coisas das quais não provei ainda, contudo, descreve uma vivência que eu reconheço em mim.


Talvez a minha luta constante com o tempo, tenha antecipado sentimentos que apesar de não ter tido a chance de viver, já posso sentir. A intensidade das vivências faz isso conosco.


Não sei se meu momento é responsável por isso. Desconheço se foram os novos sabores que a vida me proporcionou... 


Contudo, as indagações que ela faz (recomendo que leia o texto ao qual me refiro), faço todos os dias, quando me levanto, vou ao trabalho e lá me deparo com as mais diversas reações, que vão desde as coisas mais remotas até os grandes acontecimentos. Minha primeira reação é usar o raciocínio lógico sempre, já que a emoção é um universo totalmente novo.


Insisto em destacar que estar é diferente de ser, hoje estou aqui, mas continuarei sendo esta mulher cheia de dúvidas quanto a tudo, talvez até mais surgirão com o avançar das horas, tanto faz. 
Continuo sonhando!