Quando um problema gera reflexões tão profundas que a única
alternativa é falar, para dar início ao processo de admissão da própria
responsabilidade perante as escolhas que fazemos, é hora de compartilhar.
No início pode parecer apenas com a necessidade de
exteriorizar, mesmo que no fim não dê em nada.
Vejamos, numa conversa com um amigo com quem não vejo
problema algum em falar o que penso ou sinto, dividi minha insatisfação com meu
comportamento perante os últimos acontecimentos, e neles destaco a ansiedade
que me desgasta brutalmente. É quase um cansaço físico.
As coisas demoram a acontecer, o tempo custa a passar e
minha expressão se modifica. Se de algum modo digo o que penso e espero as
reações, por outro lado independe da aprovação ou consentimento de alguém,
porque se eu tiver vontade, farei mesmo assim, sobretudo no campo particular.
Considerando essa visão num contexto macro, identifiquei que
o que não me faz bem, não dura muito tempo. Me desfaço facilmente de coisas
assim. Usufruo tranquilamente do descarte, o que não me serve mais, não ocupa
espaço nem meu tempo, itens de sobrevivência imprescindíveis.
No fim de semana, li uma frase que marcou: “Pelo menos 70%
das atividades devem satisfazer o profissional, os 30% restantes são inerente a
qualquer organização” daqui óh. A
frase martelou tanto que levei para as relações pessoais, logo, é preciso estar
satisfeito 70%, os 30% restantes são as diferenças, que mantém o equilíbrio de
uma relação.
É impossível permanecer tanto tempo com alguém que apenas concorde
e ninguém é assim tão sádico que queira semear a discórdia o tempo todo...
Enfim, quanto à avaliação do meu amigo sobre mim, foi a
forma com que ele me vê, “... muito independente... isso às vezes é bom, você
quer alguma coisa, vai e faz. Por outro lado, assusta” disse depois de me ouvir.
Sempre quis que alguém me dissesse o que há de errado
comigo. Pronto, me disseram. O pior é que não vejo isso como algo ruim... E
olha que me vejo dependente às vezes. Só não me submeto.
Tanto numa situação de relação pessoal, quanto na
profissional penso dessa forma, se algo não me faz bem, é hora do descarte.
E, hoje estou de péssimo humor, dia de ficar por mais tempo
possível calada!
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