"O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém".- Hellen Cortezolli

sábado, outubro 31

Véspera do dia 31 de outubro

Sem ordem cronológica. Por que obedecer as regras?
Que venham as lembranças confusas. Vou lembrar mais dos sorrisos, pode ser?
A causa da antecipação da esbórnia foi a penumbra, que ainda pelos corredores iluminados com luzes amarelas de emergência, poderia gerar cenas de um filme de terror clichê. Pena não ter dado certo.
Ok, rumo “àquele bate canal de sexta-feira”. Quanto mais gente melhor, ou não...
Éramos cinco, seis, sete, ok dez. Depois mais. Três mesas unidas e um monte de bobagens sobre elas. Borbulhavam frases de efeitos:
  • Acaba o assunto que a conversa chegou! (Naiane Feitoza)
Nesse caso a conversa deu tanto trabalho, que todos queriam levá-la embora.
  • Sinceridade não é um dom, mas uma doença, assim como a falsidade. (Regi Cavaleiro)
Essa, confesso que não entendi dentro do contexto... Mas tudo vai ficar bem.
Tinha um lance de vacinação, mas não lembro direito...
E todos filosofavam aqui e ali. Um sentimento meio de vontade de chorar, a outra metade era de ver até onde iria parar... Legal para quem não sente isso nunca, né?
Rolou até compaixão. Em outras situações provavelmente não haveria mobilização. De nenhum gênero. Deixe estar.
Dane-se! Cada um colhe o que planta...e blá, blá, blá.
“É difícil avaliar circunstâncias desconhecidas quando não experimentadas, às vezes com um propósito puramente científico”.
Com o comportamento é assim. Como perceber sem sentir, analisar friamente sem vivenciar?
De longe parece tudo muito babaca, e olha que essa palavra latejou na minha cabeça, por horas...
Mais de perto absorve-se a essência.
O lance do álcool é mais complexo. O tímido se solta, os pensamentos ganham vida própria e andam sozinhos, o contido perde o limite da língua. E esta por sua vez não pára mais... Apimentada gera conflito consigo mesma, não quer se limitar em permanecer na boca. Viva a mexicana!
Os olhos já sem foco miram para todos os lados.
De todas as cores, uma é predominante... O vermelho.
Lanternas para os afogados e à deriva. Salve todos!
Risos sem graça, conversas dúbias. Filosofia de tão barata, fica mais onerosa quanto mais avançam as badaladas... Porque palavras se perdem ao vento, mas as provocações são permanentes. As cicatrizes fazem parte das experiências, sinal de que algo foi vivido, e essa é a parte boa.
Naquela mesa, ontem, teve de tudo, de jóias à bijuterias sem valor, nem brilho, mas que fizeram um volume enorme. E o que seriam das diferenças se não fosse a comparação? Viva o anti-modelo.
Na volta para casa, caminhos estranhos, blackout!
Ufa! Estamos seguros.
Dependendo da trilha poderia ter sido o início do dia das bruxas, ou será noite? Maldita hora que esqueci minha vassoura.

2 comentários:

  1. Ora veja o lado bom, no dia anterior nem tinhas motivação pra escrever, e nossa...
    Tive um misto emocional que terminou em gargalhadas. =/
    P.s.: Sem contar que esse em especial não foi para as paredes. Literalmente foi pra mim.

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  2. Pois então, Cortezolli, lendo aqui, rindo ali, a gente se depara com um emaranhado de letrinhas que se juntam na mente.
    Repito sempre: "as palavras são libertadoras".
    Hoje, elas estão complementando a noite de sexta (diga-se de passagem, foi agradabilíssima), estão quase em sintonia.
    Desculpe se há carapuças aqui, mas só as vestem quem quer.
    Ah, ia esquecendo: Para o assunto que a conversa chegou (cedo).

    HHAHHAHA..

    "Mulheeeeeer, melhore"

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