"O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém".- Hellen Cortezolli

quinta-feira, novembro 5

Repouso forçado

  Acordei já era umas sete da manhã, doía tudo, meu corpo, meus ossos, meus tendões... Andei com dificuldade até o banheiro não lembro de ter voltado para cama, adormeci novamente.

Fui despertada por um telefonema, não lembro quem era. Mas atendi. (Faço coisas desse tipo).

Ainda surda, com muita falta de ar. Perdi toda a manhã, dormindo. Inalação de hora em hora. Banhos frios.

Não pude trabalhar. Tive medo de dar trabalho para estranhos, morreria de vergonha, não gosto de pedir ajuda. Orgulhosa demais...

Foi assim durante a tarde toda, banhos, inalação, dormi muito. Tudo efeito da medicação, voltei aos tempos de criança. Quando adoecia, eu odiava. O remédio que posso tomar ainda é o mesmo, os efeitos colaterais também são os mesmos, taquicardia, sonolência e tremedeira. Não se assuste, não é de medo, eu dizia para os amiguinhos, que naquela época também contava nos dedos. Parece que muita coisa não mudou...

Já à noite, assistia séries no meu quarto, fui até a farmácia sem falar muito, meu namorado diz ter estranhado, quando não falo demais, é porque estou doente.

Falo muito, preciso evitar isso. Devo mudar já.

Recebi algumas ligações de colegas de aula, do trabalho, precisavam de favores, atendi os que pude.

Preciso estar melhor para amanhã, tenho compromisso e quero fazer algumas coisas, ainda tenho esperanças quanto ao vestido…

Repouso forçado

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