Essa pergunta me foi feita e pensei em respondê-la aqui...
Um dia também pensei como muitas outras mulheres que idealizam seus amores, daquela forma que nos é contada nas histórias infantis... de amor para sempre, blá, blá, blá... O assunto em questão é sexo e não amor.
Então viajei até uma aula de orientação sexual que tive no ensino médio.
Na época (porque não sou tão novinha assim, rsrsrs) eu já sabia de muitas coisas, em razão da minha mãe explicar demais, até o sexo dos animais ela trocava em miúdos, desde a primeira infância.
Para que meu irmão e eu não tirássemos nossas dúvidas com os falsos amigos, nem tivéssemos experiências frustradas ou contra nossa vontade e principalmente para que enxergássemos em nossos pais nossos melhores amigos, como é até hoje. Lógico que morria de vergonha, principalmente porque não tinha a menor curiosidade, sentia nojo só.
Enfim, ela explicava tudo, no modo científico e do jeito romântico, que quase não existe mais. Mas, porque fui justamente lembrar a aula que assisti aos 15 anos? Estudei na Fundação Bradesco, e lá no sul até hoje tem vários tabus, as pessoas mais velhas falam e riem, mas nada muito sujo, e os que falam sobre sexo de maneira chula... É porque são sujos mesmo.
Até chegar ao Amapá, há cinco anos, a palavra para falar mal de alguém ou alguma coisa era “merda”, rsrs. Depois piorei inevitavelmente, meus amigos (as) usam palavrões como vírgulas e parei de achar feio, entrei logo na onda, com ressalvas é claro.
Voltando ao lance da professora, ela falava de um jeito que talvez tenha sido a única forma de amor romântico que conheci, claro que depois que crescemos e descobrimos os poderes da mente tudo mais cai por terra. A capacidade humana de dissimulação e as relações vão muito além do que os livros abordam, mas esse não é o caso...
Lembro com carinho daquilo tudo, ela apresentou para turma em sua maioria de adolescentes de 14 a 15 anos a *Kundalini, feng shui do amor e o *Kamasutra. E, no meu primeiro emprego, já com 21 anos, conheci um monte de mulheres que nunca haviam ouvido falar, quanto mais aberto aquele livro. Coitadas!
Claro que com o tempo essa mentalidade provinciana foi mudando, mudei, cresci, tive experiências, envelheci... E deixei de acreditar em muita coisa, passei a crer em outras tantas...
Mas, o quanto o sexo é importante para mim?
Preciso estar bem comigo para pensar em sexo, para sentir desejo e para acreditar... É orgânico, faz bem para o corpo, para o espírito, e obviamente para obter prazer já que em nenhuma hipótese pretendo fazer sexo para procriar. Simples assim.
Kundalini
É uma energia física, de natureza neurológica e manifestação sexual. O termo é feminino e deve ser sempre acentuado e pronunciado com acentuação longa no í final. Significa serpentina, aquela que tem a forma de uma serpente. De fato, sua aparência é a de uma energia ígnea, enroscada três vezes e meia dentro do múládhára chakra, o centro de força situado próximo à base da coluna e aos órgãos genitais. Enquanto está adormecida, é como se fosse uma chama congelada. É tão poderosa que o hinduísmo a considera uma deusa, a Mãe Divina, a Shaktí Universal. Leia mais...