"O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém".- Hellen Cortezolli

quinta-feira, setembro 10

Os sentimentos... pensamentos latentes...

Numa quinta-feira à noite, estúdio de fotografia, alunos, cadeiras, câmera, microfone, máquinas fotográficas, imagens de todos os tamanhos e motivos, parede infinita...

O que perguntar? Quem é ele?

Ele é Chico Terra, voz que traz calmaria como uma maresia no finalzinho de tarde. Define sua profissão como fotógrafo e músico, segundo ele o seu blog, é para não ser taxado de idiota, ele pensa e vê o que está errado, não quer ser enganado, então se manifesta. Blogueiro autodidata, HTML, linguagem ASP, JAVA, tudo fichinha...ele mesmo configura, edita, pensa na melhor forma de distribuir as notícias, notas, pensamentos, conclusões, no espaço virtual que ele escolheu para se expressar: chicoterra.com
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  Ao lado o blog, seu painel de idéias.
Tão tranqüilo e sereno, expôs seus pensamentos firmes, contundentes, coerentes... Quase não havia o que perguntar não que não houvesse para saber, mas lê-lo ali presente, parcialmente bastava, pena que o tempo, mestre de tudo, não pára e, não parou.

E, é sempre bom querer coisas, àquele momento podia não terminar. Melhor correr e pensar no que se quer saber. Olha nos olhos e responde, sem pestanejar, esse é Chico Terra.
Alguns se arriscaram, há os que perguntaram aquilo que não ouviram já ter sido mencionado, como de praxe, na ânsia de aparecer, ou sei lá o quê... Mesmo assim, a resposta surte como leve brisa em tarde quente, para suprir as necessidades de um ar mais respirável.

Pergunta que concerne o universo jornalístico e sua relação com a imagem, sobretudo as fotografias sensacionalistas que abarrotam as capas dos jornais, das que pingam sangue se torcidas, "Não concordo, acho de extremo mau gosto publicar um cadáver na capa para vender jornal", afirma.

Mas a pergunta persiste, no íntimo dos que buscam justificar o injustificável, as escolhas que fizeram para suas vidas e, que agora repudiam as conseqüências, no fato de “ter que trabalhar para sustentar família”, um discurso piegas, que se ouve todos os dias nos telejornais. Se submeter ao que o patrão quer, sobre os mandos e desmandos, comenta: “Não trabalharia para um jornal que faz matérias sensacionalistas. Se eu fosse obrigado, se dependesse de um emprego assim, desfocaria, optaria por outros ângulos. Não precisamos ser chocados mais do que já somos todos os dias, com repórteres anunciando acidentes todo tempo”.

P1030685 Os sorrisos não são mera formalidade, são sentimentos que preencheram o ambiente e, sobretudo sinceros.
Como blogueiro, Chico diz não acreditar que a censura que os políticos discutem e já exercem sobre a internet, vá calar a voz das denúncias e pensamentos que rolam no espaço virtual, porque não podem ser publicado nas outras mídias dirigidas pelos que detém poder. Mesmo que o resultado sejam processos, ele não vai parar. Assim, como muitos outros também não irão.

Se tem fotógrafos de quem ele gosta, dos quais admira os trabalhos disse, “Eu gosto das pessoas com quem tenho contato, a pessoa que mais marcou a minha vida foi o Humberto Cruz... Participei de um livro Brasil Bay Nigth - Valter Filho...” citou ainda "...Araquém Alcântara, 40 anos exercendo a profissão, tem muita gente boa...Daniel Andrade..."

E, encerrou sua participação por hoje, na colaboração explicita de que esse mundinho do jornalismo amapaense não é só jabá e blá, blá, blá, governantes nos olhe com carinho;

Deixou a mensagem “Amazônia é uma das palavras mais buscadas no mundo. A foto é um retrato da emoção, um reflexo do que a gente vê no dia a dia. Tudo que eu faço tem sempre um pouco de paixão, para entregar para as pessoas. Uma imagem é uma imagem” enfatiza, o fotógrafo, blogueiro, músico e para mim o salvador daquela noite que deixou de ser como todas as outras, a resposta para minhas dúvidas de futura jornalista, que apesar de faltar pouco para o “diploma” falta muito de tudo, principalmente de vida, hoje vivi um pouco mais.

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Tietagem da Turma 6JRN com o convidado, como não poderia faltar.

3 comentários:

  1. O registro da história se confunde com o tempo de vida...

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  2. Maiara Pires11 setembro, 2009

    considero q a alternativa q tem o jornalista q trabalha num veículo de comunicação, no qual é obrigado a seguir uma linha editorial não condizente com o papel do jornalista - que seria o de "ascender uma luz nos fatos que são ignorados pelo poder público", como diz Marcelo Canellas - é a de ser ousado e propor, mesmo que sutilmente, uma pauta relevante para o contexto social e não apenas se acomodar com aquilo q o veículo acha q o público dve sab.

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  3. Maiara Pires12 setembro, 2009

    retificando a palavra "fatos" na fala do Marcelo Canellas no comentário anterior, o certo é "problemas socias", foi isso o que ele disse em se tratando de papel do jornalista: "ascender uma luz nos problemas socias que são ignorados pelo poder público". abs!

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