Alguns se queixam que hoje seus espíritos levantaram-se revoltos de sonhos sem nexos que tiveram durante a noite. Outros mergulham numa tristeza, sem razão aparente. Por minha vez, não tomo partido, não me divido. Seria unir meus pedaços a outros milhares, não haverá fim.
Por mais que minha compreensão não seja algo superficial sobre o assunto. Não importa. Hoje é segunda-feira e cada um se trata com os remédios que dispõem.
Encare-se várias vezes no espelho, para não esquecer quem és, porque o rosto que está lá não é seu. Finja ou não finja. Minta ou não minta, tanto faz. É apenas uma segunda…
Assinalar alternativas, ao menos supor que elas existam, não é compreender sempre do mesmo.
Os de memórias mais curtas, resolvem esquecer os próprios passos dados em falso. Erguem-se não sei de onde, para um discurso ensaiado, diante de olhares descrentes sobre as próximas palavras ditas ao léu, porque todos os ouvidos estão surdos e nem todos sabem libras.
Exprimir o que de mais apurado se extrai.
Amanhã será uma terceira oportunidade…
De não declarar nada, sentar-se em um lugar tranquilo e observar que na rotina da sua retina, só se repete o que és capaz de perceber. Enquanto o novo, se perde em algum outro lugar ou em dias mais intensos e menos passíveis de não acontecer nada de interessante.
"Eu não me reconheço mais, olhando as fotos do passado, o habitante do meu corpo, desse estranho dublê de retratos,talvez até eu já vivesse em algum corpo emprestado, esperando só por você pra reunir meus pedaços..."
ResponderExcluir"Dublê de Corpo"
Leoni