"O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém".- Hellen Cortezolli

quinta-feira, agosto 19

Um sopro no castelo de cartas - A visão poética de um iniciante

“Na destruição do castelo de cartas, surgiu a gana de tornar os alicerces mais sólidos a ponto de não ruir novamente todo o sonho concebido... ou quase”.
Ter seus paradigmas desconstruídos para torna-los menos conservadores e ultrapassados. Trazer à tona novas formas de ver o mundo. Quem sabe por intermédio de lentes capazes de se transformar durante as mais diversas formas que o dia pode adotar? Aquele dia cinza que faz feliz alguns pouco incomuns, que enxergam o tempo não passar diante da ausência do sol.
Sem calor, só cinza.
Se o vento estiver presente então? Ah, o vento. Que chega como um amante cheio de saudades e não se preocupa em deixar seus cabelos arrumados. Beija seu rosto enlouquecidamente e não te deixa respirar, seus olhos mal se abrem...
Por hora, bem que a escuridão da noite seria bem vinda. Cheia de mistério, mesmo que este queira trazer em seu lençol de estrelas apenas um reconfortante abraço. Braços que sejam fortes para não deixar cair toda a consternação que trazem os dias iguais. Que se repetem, como num dejavù...
Construa seu castelo de cartas, pela primeira vez.
Sinta a satisfação que mal pode acreditar fronte ao êxito obtido com o equilíbrio de uma carta sobre a outra. Andar a andar. Até que reste apenas uma e, enfim lá esteja ele, pronto para ser surpreendido em pleno estado de contemplação, àquele iniciante...
Todavia, seus olhos orgulhosos não podem conter uma corrente de ar qualquer, sutil e indelével. Lá se vão seus andares, todos de uma só vez.
E o peso nos ombros, quase não se sente, nem arrepio algum. Há um sentimento um tanto “orgasmico”, um misto de dor e prazer.
Ter seus sonhos destruídos, o faz mais forte para sustentar os próximos em outra oportunidade.
Despeça-se do título de iniciante, porque a próxima tentativa o proporcionará pôr em prática o conhecimento adquirido com o experimento. Sopro bem vindo por faze-lo conhecedor de alguma coisa...
P1010299 *Tive um sonho onde tinha a missão de destruir um castelo, cujas portas e janelas eram de ouro, no interior do mesmo havia uma rainha, quando a vi, me dei conta de que ela era eu. Quando acordei soube que deveria desistir do “manual” como “ele” havia dito. Isso tudo me encheu de coragem, o que outros chamariam de ambição, eu chamo de força de vontade.

2 comentários:

  1. Que lindo, Cortezolli! A-M-E-I *-*

    E realmente, quando o castelo desanda a gente fica feliz de uma forma estranha, como se a queda fosse linda de se assitir... Mas também fica triste por ter todo o trabalho perdido.

    Mas aí é só recomeçar, né? :D

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  2. Oi Cortezolli,

    obrigada pelo seu comentário, és sempre bem-vinda no MV!

    Até mais.

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