Caiam todas as defesas, não há ataque capaz de me alcançar. |
Hoje enquanto via algumas fotos, deixei me levar pela
sensibilidade que tomou conta de mim nos últimos dias.
Agora quando sinto muito, sinto tanto que choro. E me sinto ainda
mais feminina. Tudo que não me permiti, porque precisava me defender. Não preciso
mais de minha armadura. Minhas armas estão por aí.
Não sei por quê... Talvez eu saiba sim, só ainda não admita.
Então, enquanto as lágrimas embaçavam meus olhos que fitavam
aquelas fotos, entendi como a saudade pode se dividir em tipos... Não sinto
saudades daquelas pessoas, porque algumas nem eram assim tão próximas, fotos do
tempo de faculdade, de uma noite que ventava muito em frente à orla, de amigos
que nem eram amigos no final, de amigas que nunca me pediram nada e com quem
sempre pude contar... As saudades são da conjectura, dos segundos, que não
voltam mais. De quem eu era naquele instante, quem fui.
Percebi que temos alguns discursos repetidos. Mas, até
sentirmos tem uma distância longa a ser percorrida, você sabe que fotografias
são registros de momentos únicos, a câmera empresta a capacidade de congelar o
que seus olhos veem. Porém, que o tempo às vezes se encarrega de apagar.
No meu caso, nem sempre o tempo deleta tudo, mas inverte,
confunde e não tenho certeza se realmente aconteceu ou se apenas fantasiei. Mas, as fotos que me emocionaram havia uma felicidade tão
grande naquelas ocasiões que mesmo congeladas, pude sentí-las novamente, revivê-las.
Éramos a imagem, o descompactador, meus olhos, minha memória
e minha emoção.
Sempre gostei de fotografia, não sou muito boa com elas, mas
tenho essa atração. Quero muito conseguir fazer algumas que prestem, para que
outras pessoas consigam essa fórmula matemática que descrevi a pouco, e é
preciso que o resultado seja sempre a emoção.
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