"O texto simplifica meu eu complexo, ora é aliado, ora me faz refém".- Hellen Cortezolli

quarta-feira, outubro 28

Dia internacional da Animação, na verdade foi noite….

... Daquelas bem agradáveis!
Com painel de exibição montado sobre a grama rasteira. O vento que batia no rosto e, desmanchava o cabelo penteado cuidadosamente para o lado direito...
Haviam cadeiras distribuídas em frente ao painel, as pessoas chegavam e se acomodavam. Ainda faltava quinze minutos para o início oficial do evento.
Na sala Charlies Chaplin a sessão direcionada especialmente para as crianças acontecia desde às 17h da tarde.
Lá fora os organizadores diziam as primeiras palavras até o painel branco ser preenchido com movimento, nas cores preto e roxo. Tinha início “A princesa e o violinista”.

(Particularmente me identifiquei com o personagem, não por esta estar trancada numa torre, mas por não querer o mesmo fim... O cárcere privado, conheço outras acometidas... Achou que eu iria contar a história, NE?!);
Silêncio e Sombras” é outra animação intensa, com final surpreendente.

Refrigerante e pipoca não roubam os sons das histórias contadas... O vento vez ou outra obriga a uma corrida dos organizadores, que de barbante em punho esticam o painel, talvez tenha sido tão forte o envolvimento que ele (o vento), que quisesse guardar os movimentos e imagens só para si...
Perdi em algum momento o título da história de uma mosca, não sei de que espécie, cuja vida se resumia em um dia, quase choro no final.
Dossiê Rê Bordosa” (Brasil)” é diferente, porém não menos atraente. Tem um jeito de falar que todo mundo entende.

Lá pelas 21:30h, quando o evento estava programado para terminar, os que ainda se faziam presentes foram agraciados com animações internacionais na sala escura e climatizada (se não fosse as “moças” que esqueceram as roupas em casa, seria de fato) o ar que era frio e confortável, deu espaço para todos os tipos de cheiros, perfumes se misturava e outros odores...
Tudo pronto!
A sequência exata me é falha, mas não importa. Porque uma “História Trágica com um final feliz” (Portugal)” me prendeu e me roubou para dentro dela...


Confesso não ter achado tão interessante o “Caramelo” e “Global Warming” (Austrália)”, este último contado em inglês, que roubou risos de todos os cantos da sala escura, conseguiram despertar meu interesse. Eu ainda podia ouvir as batidas apressadas do coração de passarinho daquela menina...
E como o FIM está próximo, uma prévia adiantou o que pode acontecer nos dias 11 e 12 de dezembro. Saí da sala indignada, prova viva que não compreendi a obra do artista Alexandre Brito. As imagens ainda em VHS nos reportavam à realidade da época. Avenida Presidente Vargas em Belém do Pará, bairro Comércio. As imagens não eram desconhecidas, estive lá nas férias, uma vez.
Dá pra ter uma noção dos recursos disponíveis e da tecnologia ao alcance naquele período (não sei ao certo, mas foi quando o professor ainda era aluno). É bem interessante do início para o meio, porém do meio para o fim não gostei.
Conhecendo-o um pouco, posso afirmar que o cara é bem provocador, e o chato é que ele consegue, segundo suas próprias convicções na contextualização da obra, o filme mostra o paradoxo das realidades discrepantes entre o que o entrevistado dissemina e o que as imagens alegam, “...muito pelo contrário”, ressalta o antes aluno e agora professor, Alexandre Brito.

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