Quando acordei, não queria saber de nada. Talvez o ócio tivesse absorvido minha alma, me escravizado por mais que alguns segundos. Não foi uma noite mal dormida, não lembro de ter dormido...
Não queria abrir os olhos e ver tudo sempre igual, nem levantar e me encarar no espelho, tudo sempre igual...
Ir ao trabalho, depois faculdade, de volta para casa...e, tudo sempre igual...
Mesmas conversas, cheias de expectativas e tudo por nada.
Sempre igual...
Não é a rotina que me mata, é essa ansiedade em sair dela.
Então, só por hoje, também não queria ligar o computador, conectar a internet, ver as mesmas coisas, procurar por novas, falar com pessoas que não falam o que gostaria de saber delas, simplesmente porque não quero perguntar... ou não deveria.
Só por hoje, vou ouvir conversas toscas que não têm nada a acrescentar. Fingir ser novidade.
Só por hoje, vou andar por aí, sem celular, para que ninguém me encontre, para que ninguém me peça nada, pra que não ouçam minha voz rouca, que não tem nada a dizer.
Só por hoje vou usar branco, para que de repente tintas de todas as cores quebrem a rotina de quem quer histórias para contar...e está pobre delas.
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